quinta-feira, julho 31, 2008

Umbrella no Verão, versão MSP!




Descobri isto, de passagem pelo blog "A Educação do meu Umbigo" (um EXCELENTE blog sobre educação que também tem diversão e acutilante crítica social) e fiquei fascinada!... Habituada a ouvir a jeitosa da Rihanna a fazer HE, HE, HE e às vezes o meu adorado sobrinho a imitar o toque de telemóvel do primo (o he, he, he do Afonso é ÚNICO) e venho a descobrir os Manic Street Preachers com esta versão que me deixou em êxtase... Continuação de um bom e quente Verão para todos!

sexta-feira, julho 18, 2008

Hoje Subscrevo!


Sempre fui uma boa aluna a filosofia. Vá-se lá saber porquê?
Interessava-me pela maior parte dos temas discutidos, ao contrário da maior parte dos meus colegas da época.
Numa das inúmeras aulas falávamos sobre um filósofo chamado Rousseau, ou melhor, Jean-Jacques Rousseau.
Despertou-me interesse por vários motivos, por ser um dos percursores do romantismo e ilusionismo em França, o meu país de origem, mas principalmente porque grande parte dos seus ideais políticos terem tido uma grande influência nas inspirações da grande Revolução Francesa.
Era assim em traços gerais e de uma forma mais sucinta, um anti capitalista, grande contestador no que diz respeito a desigualdade e a injustiça entre os homens.
Desigualdade e injustiça … aqui estão concentradas nestas duas palavras, atitudes e comportamentos que me indignam e tiram francamente do sério!
Com toda a certeza, foi esse o motivo pelo qual Rousseau captou a minha atenção.
Voltando um pouco atrás, e situando-me numa das muitas aulas de filosofia ouvi uma das suas célebres frases, que retive até hoje, que diz mais coisa menos coisa o seguinte:
“Todo o homem nasce puro, a sociedade é que o corrompe”.
Na altura confesso que achei que ela não fazia grande sentido.
Para mim existiam apenas dois grandes grupos de pessoas, as boas, correctas que cumpriam sempre os seus direitos e obrigações e as más ou incorrectas, que apenas se centravam nos seus direitos esquecendo a maior das vezes as suas obrigações.
Esses dois grupos eram divididos, para mim, não pelo seu percurso na sociedade mas sim pelos valores que lhes tinham sido incutidos pelos seus antepassados, pais, avos e familiares.
Digamos que era mais ou menos linear!
Assim nessa fase da adolescência, em que existia de certa forma muita ingenuidade e desconhecimento sobre muitas questões práticas da vida, eu incluía-me no primeiro grupo. No grupo das pessoas correctas que jamais em tempo algum pisariam o risco e passariam para o lado do segundo grupo.
Tinha sido educada com princípios e valores morais que nunca me permitiriam incumprir o que quer que fosse.
Distam hoje quase uma dezena de anos desses tempos em que de algum modo, o meu mundo era pintado somente no tom de rosa…
Aprendi que a justiça, a razão e o direito fenecem perante o desespero, e como tal, quando somos postos a prova e considerando que se luta muitas vezes de mãos nuas, e sem qualquer protecção, deixam de existir conceitos como a elegância, o correcto, o moral e a educação.
Esquecemos os valores apreendidos até então e concentramo-nos único e exclusivamente em sair com poucas maleitas e de preferência vivos da refrega!
Demorei alguns anos a perceber o sentido e a verdadeira dimensão desta frase … hoje subscrevo-a!

terça-feira, julho 15, 2008

Cartas de amor...e outras cartas



Guardo pilhas de cartas dos tempos em que se escrevia em papel.

Não me consigo desfazer delas... até porque deixaram de aumentar. Há já muito tempo que não tenho que comprar uma caixa nova para as guardar.

Havia já gente evoluida que escrevia as declarações de amor no computador mas tinha o cuidado delicado de imprimir em papel adequado e bonito e colocar num envelope personalizado para entregar. Reli recentemente algumas delas...Quanto valor teve tudo um dia e quanto sentimento guardo agora numas caixas cheia deles! Acho que guardo todas estas cartas acreditando que se consegue guardar os sentimentos...

Mas ainda continuo a acreditar nisso pois guardo os telegramas de amor transformados em emails e sms... mas esses na sua forma digital. Devo achar que guardar os escritos tornam as coisas mais verdadeiras... não não é nada disso apenas gosto de reler o que se escreve e tentar perceber durante quanto tempo continua válido...

segunda-feira, julho 14, 2008

Sentir

Imagem retirada de manuel.fotosblogue.com/6/

Quem ainda não sentiu um frio imenso no estomago como se uma faca bem afiada nos estivesse a atravessar esta parte do corpo?
Ou então aquela sentimento que nos congela o rosto e enturpece todos os músculos que se contraem para aguentar aquela dor? ou desilusão...
ou ainda aquele nó imenso que desce pelo nosso esofago e parece que não se consegue diluir no estomago?
Ando para aqui a pensar se não haverá por ai numa dessas medicinas alternativas uma solução qualquer que nos ensine nestes momentos crueis de dor espiritual a desligar a nossa razão dos nossos sensores espalhados pelo resto corpo...
quando tenho uma destas sensações fica muito claro que aquela pessoa ou aquele cenário não é para mim e que tenho que descobrir - nem que seja necessário inventar - uma solução para sair daquele caminho.
É mesmo terrivel... a seguir a esses momentos fico quase desfalecida e sem forças e só trazendo à minha mente o que verdadeiramente me move é que consigo dizer que tudo isto são apenas atropelos no meu caminho e que me deixarão mais fortalecida para a longa viagem.

domingo, julho 13, 2008

Quatro desejos


“Só queria realizar quatro desejos: tirar sempre boas notas, saúde para a minha família, viajar no tempo e dar a volta ao mundo.”
São onze anos cheios de leituras e muita imaginação a falar! Um pequeno grande homenzinho com muitos sonhos para concretizar! É o sonho que fala por ele, mas também a curiosidade, uma curiosidade inata pelo desconhecido que lhe preenche os dias e a busca de novos conhecimentos.
Penso que entendo os quatro desejos.
“Tirar sempre boas notas” é importante, porque a mãe fala das notas e do sucesso escolar a toda a hora… Só o excelente interessa, só o melhor é que terá sucesso. São frases ditas vezes sem conta para responsabilizar, para criar ambição, para incutir objectivos de futuro.
“Saúde para a minha família” é outro aspecto essencial. Sem a família e aqueles que amamos, de que vale o sucesso, a excelência?... Ele sabe que o amor, o carinho no coração são o alimento da existência.
Depois vem a curiosidade. “Viajar no tempo”, visitar a vida de outros séculos, conhecer o passado. É curioso que não o atrai o futuro, não se interessa pelo que virá, mas antes pelo como foi. Esta atracção pelo passado tem a ver com os seus interesses artísticos. Aprecia a história da moda, a evolução do vestuário, o estilo de vida ao longo da história. Tem um certo gosto barroco pela arte complicada, fantasiosa, rebuscada… Gosta do vestuário elaborado e admira o rei-sol – Luís XIV- pela sua excentricidade.
“Dar a volta ao mundo”, porque viajar é ler no concreto, nos objectos, nas pessoas, nas paisagens a sabedoria do mundo, do planeta, do universo. Surge, então, a curiosidade, a vontade de conhecer o exótico, o antigo, o diferente, as civilizações, a paisagem natural, a beleza humana, a miséria humana, os monumentos e obras do passado e do presente… Viajar significa crescer, aprender e ficar mais rico.
E com onze anos apenas, são já tantos os sonhos e anseios que enchem um coração de menino!...