domingo, agosto 31, 2008

As regras da sensatez

(Imagem retirada da internet)


Nunca voltes ao lugar
Onde já foste feliz
Por muito que o coração diga
Não faças o que ele diz

Nunca mais voltes à casa
Onde ardeste de paixão
Só encontrarás erva rasa
Por entre as lajes do chão

Nada do que por lá vires
Será como no passado
Não queiras reacender
Um lume já apagado

São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez

Por grande a tentação
Que te crie a saudade
Não mates a recordação
Que lembra a felicidade

Nunca voltes ao lugar
Onde o arco-íris se pôs
Só encontrarás a cinza
Que dá na garganta nós

São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez



(Letra da música de Rui Veloso - As Regras da sensatez)

segunda-feira, agosto 04, 2008

As montanhas do Afonso


(imagens retiradas da internet)
“Estas montanhas são minhas!”, dizia o pequeno Afonso, apontando o dedito pela janela do carro, à medida que se vislumbravam as primeiras montanhas da Serra do Gerês… Em baixo, um magnífico rio corria lavando as encostas da serra. Em certos locais, as montanhas recolhiam minúsculas casinhas cujos telhados cor de laranja pintavam o verde com pequenos pontinhos de cor de fogo. O Afonso lançava os esplêndidos olhos azuis à paisagem e parecia admirá-la ainda mais do que nós! E repetia a cada passo: “Estas montanhas são minhas!” e nós dizíamos que sim! Claro que sim, Afonso, as montanhas são tuas e eu que ando sempre com a cabeça nas nuvens e adoro a cor azul, fico com o céu, que é azul como os teus olhos e é grande o suficiente para ser de todos!...