terça-feira, setembro 29, 2009

"Fall for you", Secondhand Serenade




E porque não?...

Parabéns, Cláudia!



Ofereço-te as minhas flores preferidas: frescas, brilhantes, luminosas, coloridas, porque flores nunca são demais, porque as flores são como os sorrisos: quando sinceros salpicam as nossas vidas de cores e afectos!
Neste dia em que, em pleno Outono quente e luminoso, completas mais uma Primavera, quero dizer aos outros, a quem ainda não sabe, que a Cláudia nasceu apressada, antecipada e muito corajosa! Nasceu assim, já quase como a conhecemos hoje! Nasceu com a convicção que tinha mesmo de nascer... e rápidamente, porque havia muita coisa para fazer! Uma delas era fazer companhia à irmã que, desolada, andava já há quase dois anos a suspirar por companhia, coitada!... Estava mesmo a precisar de animação e ela chegou, finalmente! Depois... nada ficou igual!
Que continues assim, maninha, por muito tempo, a animar os nossos corações e a dar sentido à nossa existência! Porque há vidas que estão para sempre ligadas... e em todas as reencarnações!
Adoro-te!

sábado, setembro 26, 2009

I will always return, Bryan Adams




"I Will Always Return"

I hear the wind call your name
It calls me back home again
It sparks up the fire - a flame that still burns
Oh it's to you I'll always return
I still feel your breath on my skin
I hear your voice deep within
The sound of my lover - a feeling so strong
It's to you - I'll always belong

Now I know it's true
My every road leads to you
And in the hour of darkness darlin'
Your light gets me through

Wanna swim in your river - be warmed by your sun
Bathe in your waters - cos you are the one
I can't stand the distance - I can't dream alone
I can't wait to see you - Ya I'm on my way home

Oh I hear the wind call your name
The sound that leads me home again
It sparks up the fire - a flame that still burns
Oh, it's to you - I will always return

quinta-feira, setembro 24, 2009

Amor interrompido... eterno










"... As camadas da nossa vida repousam tão perto umas das outras que no presente adivinhamos sempre o passado, que não está posto de parte e acabado, mas presente e vivido. Compreendo isto. Mas por vezes é quase suportável. Talvez tenha escrito a história para me livrar dela, mesmo que não o consiga."

Bernhard Schlink, in O Leitor

terça-feira, setembro 22, 2009

Outono


O dia amanheceu solarengo e morno no primeiro dia de Outono... 28 graus para o Porto, 31 graus para Lisboa - previsão das temperaturas máximas... Choviscou no fim de semana, as manhãs e as noites arrefeceram bastante... Mas o Outono ainda está tímido e (dizem) já chegou hoje... As árvores da minha rua ainda estão carregadas de folhas verdes e as pessoas ainda não arrumaram as sandálias e as t-shirts... Bem sei que a passagem do tempo é inexorável, mas quero (por hoje) esquecer que o Outono já está aí... É que sofro de um problema em relação às estações frias, sombrias e chuvosas... Um problema que tem a ver com a minha necessidade incontornável de sol, luz e calor... Há quem já esteja com saudades do tempo frio, das noites a ouvir o som da chuva, das camisolas quentes e das lareiras... Eu não padeço desse saudosismo; aliás, dispensava bem toda a colecção de roupa de Outono-Inverno e ficava só com os chinelinhos e os vestidinhos! Mas parece que a natureza tem o seu ciclo e parece que temos de ter Outono para valorizarmos a chegada da Primavera... Como parece que temos de ter saudade para valorizarmos a presença, como parece que temos de chorar para valorizar o sorriso! Parece que já é Outono... Mas a mim parece-me que ainda não é!...


"This time, like all times, is a very good one, if we but know what to do with it."
Ralph Waldo Emerson

sexta-feira, setembro 18, 2009

Parabéns, MÃE!



Há sessenta e sete anos, no dia 18 de Setembro de 1942, nasceu uma pessoa especial, única e insubstituível para, pelo menos, três pessoas: os seus filhos!...

Todos sentimos que faz falta a muita gente, que enriquece a vida de muitas pessoas, que tem uma generosidade enorme, que nunca pensa nela, que nos sente, que nos pressente, que nos guia, que nos segura, que nos toca no coração, que nos pega ao colo, que nos dá força, hoje e sempre!

Obrigada, Mãe!

E PARABÉNS no teu aniversário!

segunda-feira, setembro 14, 2009

Portões imaginários


imagem retirada daqui

Quando era criança, a casa dos meus pais não tinha portões nem gradeamento no muro em volta. Começou por ser uma casa em pedra, pequena e rústica com um (para mim na altura, longo) pátio em cimento na frente e um pequeno quintal de lado. A toda a volta da casa havia (e ainda hoje há) um muro que servia de protecção e resguardo. Conta a minha mãe que, tinha eu cerca de dois ou três anos, e já falava como um papagaio. Dizia tudo explicadinho para quem me quisesse ouvir, respondia a todas as perguntas sem hesitações e era muito conversadora. (Todos estas características foram-se mantendo com a idade e enriquecendo até pelo meu jeito assertivo, que também foi ficando mais refinado, para dor de cabeça de muita gente!)
Conta a minha mãe (pois eu não me lembro) que, na casa velha, havia uma pequena janela que dava para o caminho. Diz ela que eu gostava muito de estar à janela (qual Carochinha desejosa de arranjar marido!) a ver a banda passar. Os transeuntes achavam imensa piada à garotinha que, debruçada na janela com dois anitos, ia dando conversa a quem passava. Como não haviam portões, a minha mãe não me deixava brincar no pátio sozinha, temendo que eu saísse para a rua.
“Porque não vens brincar cá para fora?” – perguntavam alguns.
“A minha mãe não deixa…”- respondia prontamente.
Naquela altura, a casa velha foi deitada abaixo e construída uma nova em seu lugar, mas manteve o mesmo pátio e o mesmo muro sem portões nem grades a toda a volta. As obras fizeram-se, mas não houve dinheiro para fazer tudo. Ficaram os portões por colocar até aos meus dezoito anos (se a memória não me falha, que para estas coisas de datas a minha irmã é melhor!).
Mas as ordens mantinham-se: não se pode ir para a rua. Só se brinca do muro para dentro. Para mim era uma ordem inabalável e era cumprida escrupulosamente. Para a minha irmã também. Já mais crescidinha, com quatro ou cinco anos, sentava-me ao fundo das escadas e as pessoas que passavam faziam a mesma pergunta:
“Porque não vens brincar cá para fora?”
“Não posso, a minha mãe não deixa…”
E a minha mãe ria-se e ainda hoje se ri por não haver necessidade de portões em nossa casa! Parecia que haviam uns portões imaginários que eu sabia não poder abrir… E ali me mantinha, dos muros para dentro, a brincar com a imaginação e a pairar nas nuvens como ainda agora costumo andar!
Actualmente também encontro portões imaginários e, tal como naquele tempo perdido da infância, mantenho-me do lado de cá, onde me diz a consciência que é onde se deve estar… Há lições que vêm do tempo em que se faz o carácter e se forma a personalidade e que não se perdem nas décadas nem no pó dos dias…


“existe uma linha que não podemos passar e não passamos”

sábado, setembro 12, 2009

Um lugar

imagem retirada daqui

Há-de haver um lugar numa canção virada para o mar onde o teu sorriso perdido, aquele que dizes já não ter, aquele que se perdeu com a tua ingenuidade, regresse para mim e eu possa agarrá-lo de novo, prendê-lo na minha mão para o recolher num verso eterno...
Há-de haver um lugar onde eu possa deter uma palavra tua, dita sem pensar, irreflectida, que se solta como uma folha de Outono, involuntariamente, sincera porque espontânea e que fala de afectos imortais…
Há-de haver um lugar escondido num poente incendiado onde todos os medos ocultos em palavras imperfeitas se dissipem no horizonte e deixem, finalmente, as luzes inacabadas da memória iluminar um novo céu…



"You landed in my life
Like a new and brighter light
That made all my past seem in the shadow
I always used to believe
That beauty was skin deep
But I need a new word to describe you" (Marillion)

quinta-feira, setembro 10, 2009

O véu da alma (parte II)




Soltou-se o véu da alma
estendido no chão
e os que amam viram apenas a cor da alma
enquanto os outros fixaram o olhar no impressionante negro que cobriu o chão

quarta-feira, setembro 09, 2009

segunda-feira, setembro 07, 2009

Como um livro

As palavras surgiam fluidas, como um rio transparente, como uma corrente sem pedras, sem lama pelo meio... As palavras eram soltas, saíam directas, saíam sem armas nem reservas, surgiam entre eles como pontes, como mãos dadas, espontâneas como um suspiro, soltas e livres e fortes ao mesmo tempo... As palavras a servirem de estrelas, a servirem de caminho, como um sopro no pó... As palavras que desvendam pensamentos, que entregam as sílabas ao palpitar do coração, que chegam ao afecto simples com um travo a melodia, que dizem tudo em silêncio, pelo silêncio, que falam como um livro aberto...
Eram as palavras a uni-los, de novo... Mais uma vez... Talvez...


"You'll be an open book
and you'll not be able to hide anything"



imagem retirada de: http://sgifa.blogspot.com/

quarta-feira, setembro 02, 2009

Mimos


É muito raro alguém tão jovem ensinar-nos tanto...
Mas a Marianinha do blogue Melodias do Coração é assim: belíssima como uma flor, leve como uma gota de orvalho, intensa como um raio de sol...
Agradeço desde já este selo emblemático de emoções!
Continuaremos a ler-te, Princesa sonhadora e a amar o que escreves e o que és!...

Despedida




Ele desceu a mão pelas suas costas, suavemente enlaçou-a com os braços e olhou-a bem dentro da vida que ela trazia no olhar, parou os olhos no fundo dos dela e disse-lhe “Vou ter de ir, agora”…
Ela respirava desordenadamente, fechou os olhos para ele não ver a água que lhe iluminava o olhar, que a impediam de o ver nitidamente. E o respirar, o respirar desordenado que lhe alvoraçava o peito como um carrossel, como uma montanha russa por dentro. Abriu os olhos e deixou as lágrimas soltarem-se livremente e descerem pelo rosto até ao queixo, depois até ao peito e depois até ao coração de onde haviam saído… E então baixou os braços, soltou-se dos dele e afastou-se daquele ponto no espaço irreal da sua existência, afastou-se sem olhar para trás…

“Lay down your arms
Give up the fight”