quinta-feira, janeiro 28, 2010

Deixa o mundo Girar


(Cá vai a letra toda porque não consegui seleccionar apenas um pedacinho!)

Quantas vezes vais olhar para trás
Estás preso a um passado que pesou
Quantas vezes vais ser tu capaz
Fazer sair quem por engano entrou


Abre a tua porta, não tenhas medo
Tens um mundo inteiro à espera para entrar
De sorriso no rosto talvez o segredo
Alguém que te quer falar


Olha em frente e diz-me aquilo que vês
Reflexos de quem conheces bem
Ouve essa voz é a tua voz
Dá-lhe atenção e a razão que tem


Abre a tua porta, não tenhas medo
Tens um mundo inteiro à espera para entrar
De sorriso no rosto talvez o segredo
Alguém que te quer falar


Deixa o mundo girar para o lado que quer
Não o podes parar nem tens nada a perder
Estás de passagem
Não o leves a mal se te manda avançar
Talvez seja um sinal que não podes parar
Estás de passagem

Vai aonde queres
Sê quem tu quiseres
Estende a tua mão
A quem vier por bem


Abre a tua porta, não tenhas medo
Tens um mundo inteiro à espera para entrar
De sorriso no rosto talvez o segredo
Alguém que te quer falar


Deixa o mundo girar para o lado que quer
Não o podes parar nem tens nada a perder
Estás de passagem

Não o leves a mal se te manda avançar
Talvez seja um sinal que não podes parar
Estás de passagem


Deixa o mundo girar para o lado que quer
Não o podes parar nem tens nada a perder
Estás de passagem

Não o leves a mal se te manda avançar
Talvez seja um sinal que não o podes parar
Estás de passagem, só de passagem, estou de passagem


Para outro lugar

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Oxygen



O que ando a ouvir nos últimos dias...
Uma doce melodia... (Não encontrei o vídeo oficial - talvez nem exista...)

I love Colbie Caillat!

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Nascer...Viver




O processo de nascer é por si só turbulento. A natureza prepara durante nove meses um ser e carrega-o de imensidão de possibilidades. No ventre materno tudo acontece muito rápido para que o novo ser humano esteja preparado para o momento do nascimento.
Mas nem sempre acontece assim. Desta vez a interferência externa fez com que parecesse urgente nascer. Uma queda maternal leva a volta apressada que tudo precipita.
Ainda não era o momento ou estaria aí também algo novo? O momento passou a ser agora, já.
Nasceu a bebé. Apressada.
Era urgente mudar de estado e deixar o conforto do útero para desbravar o mundo de cá de fora.
A poeira daquele chão não era de certeza o lugar ideal para a bebé gatinhar. Colocar término á vida de morte.
Seria essa a urgência?
Será que aquele sonho trocado por instantes tinha mesmo que acontecer e tornar-se nesta forma de vida tão concreta?
Fazia cada descoberta da mesma maneira. De forma rápida como deixava a poeira que ficava pela apressada passagem.
Um mundo inteiro de coisas para aprender, outro tanto para sentir e sempre e uma vez e outra tudo acontecia depressa.
Que significado teria esta corrida?
Não admira a inquietação que fica, o não saber lidar, quando o que agora rodeia o mesmo bebé - Chão áspero em demasia para gatinhar - não acontece á mesma velocidade. Inúmeras vezes escuta: “preciso de tempo”; “ainda não tenho a alegria de uma festa latina” e assim permanecem um bocadinho e outro e outro ainda.
O som do mar e a imensidão dos sentidos. Aqui volta a paz e parece que se volta ao princípio da vida ao estado uterino. Sossega-se um pouco a alma e renasce-se com outra força para inventar a poeira que fica pela apressada passagem.
Um novo caminho, uma mudança mais permanente, outra corrida.
Uma vontade de concretizar e eliminar depressa o lixo.

Wither...



Let it out, let it out
Fill the empty space
So insecure
Find the words
And let it out

Staring down, staring down
Nothing comes to mind
Find the place
Turn the water into wine

But I feel I'm getting nowhere
And I'll never see the end

So I wither
And I render myself helpless
I give in
And everything is clear
I break down
And let the story guide me

Turn it on, turn it on
Let the feelings flow
Close your eyes
See the ones you used to know

Open up, open up
Don't struggle to relate
Lure it out
Help the memory escape

Still this barrenness consumes me
And I feel like giving up

So I wither
And I render myself helpless
I give in
And everything is clear
I break down
And let the story guide me
I wither
And give myself away

Like reflections on the page
The world's what you create

I drown in hesitation
My words come crashing down
All my best creations
Burn into the ground
The thought of starting over
Leaves me paralyzed

Tear it out again
Another one that got away

I wither
And render myself helpless
I give in
And everything is clear

I wither
And render myself helpless
I give in
And everything is clear
I break down
And let the story guide me
I wither
And give myself away

Like reflections on the page
The world's what you create


(A música é linda, a letra é triste e profunda... Há dias assim! Deve ser da chuva ou da falta de sol! As redundâncias são tão poéticas!)


terça-feira, janeiro 12, 2010

"És a minha essência!"

"Mãe, amo-te tanto... És a minha essência!"

Era Domingo de um Sol luminoso e suave, um Sol de Inverno que guardava em si mais luz que calor. E eu aguardava a tua chegada com ansiedade. Não querias nascer... Não querias largar o cordão umbilical que até hoje (e creio que para sempre) nos manterá ligados... Havia esperado mais uma semana e... Nem sinal de quereres conhecer as cores deste mundo. Parecias já saber bem que nascer e viver não era fácil e deixavas-te estar nas águas mornas do meu ventre, sem pressa alguma, no remanso de poetas a deleitarem-se com a dourada harmonia do entardecer. Assim, obrigaram-te a nascer, fizeram-te deixar a cálida protecção que te resguardava e eu recebi-te nos braços com as mãos trémulas e o coração em alvoroço...

E a partir de então, deixamos de ser apenas um num corpo só para eu me surpreender todos os dias com a água deste amor sem fim que alimenta a minha existência... Sim, eu sou a tua essência e tu és a minha vida! E sei, bem fundo no coração, que viveremos para sempre com esta certeza!...


PARABÉNS, FILHO ADORADO!

sábado, janeiro 09, 2010

Caixa de chocolates


“A vida é como uma caixa de chocolates, nunca sabemos o que nos vai calhar…”
Forrest Gump


A vida é… a vida é...

Às vezes parece que nunca há pedras suficientes para atirar às dores que entram na pele.
Às vezes parece impossível mudar as voltas trocadas do mundo e amar apenas quem se deve amar. O emaranhado do destino e das suas forças controlam a nossa existência ditatorialmente.

Ela tinha dito ao ar que à volta dela girava, que devia amar quem a amava e não ficar sentada na beira do caminho da vida à espera que o sorriso dele chegasse com os primeiros raios de sol. Esperar, esperar apenas não chegava. A vida é mais que isso, por isso ela deu instruções ao carteiro para que este lhe trouxesse a cor da escrita dele numa carta que ele nunca escreveu apenas por medo. Sim, medo. Ele tinha muito medo da vida. Ele tinha muito medo de aceitar o bater acelerado do coração, o sorriso abstraído nos lábios quando relembrava o toque da mão dela, o suspiro involuntário quando pensava no olhar preso no seu, naquela vez imaginária em que se encontraram numa noite de Inverno, sem que nada, a não ser a luz enfeitiçadora da lua, o tivesse previsto e o tivesse provocado. Mas encontraram-se, nos sonhos dele, nos sonhos dela. Encontraram-se.
E nada foi como imaginaram.
Nada foi como previram.
Foi como tinha de ser.
E ela, nessa noite imaginária, disse-lhe que lamentava. Disse-lhe muitas coisas sem sentido. Falou-lhe da luz que tinha visto nele quando abriu os olhos e na sua imaginação o reencontrou. Falou-lhe do abraço que não deram, do beijo esquecido, do sorriso preso em frases banais atadas a um esforço que doeu por dentro, somente por dentro porque ninguém mais percebeu, para que o calor da pele ficasse presa a ela e não chegasse a ele.
E ela pensou na frase, aquela que Forrest Gump dissera à sua amada eterna:

“I’m not a smart man but I know what love is…”

E ela compreendeu que o carteiro não tinha recebido a sua mensagem. E que carta nenhuma chegaria e que, por isso, iria dormir nessa noite gelada de Inverno enrolada na certeza de que tudo estava como tinha de estar.

Porque a vida é como uma caixa de chocolates. E há que o saber aceitar!

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Os teus caracóis dourados!


(Dedicatória ao meu menino Afonso no dia do seu aniversário - PARABÉNS!)
Perco o tempo de cada vez que fico quieta de mim.

Adormecemos embalados pela história nova e vejo o teu olhar grande e desperto atento às palavras lentas para que possas entender. Os elfos e a lua abraçam a menina e protegem-na das coisas ruins. Num cavalo branco ela é resgatada e salva para sempre.

Enrolo demoradamente as minhas mãos pelos teus caracóis dourados. Ou serão eles que se enrolam em mim?

Sinto a serenidade que só pode vir de um sonho. Um sonho de um lugar mágico e harmonioso com cor azul e chão suave e macio como algodão.

O meu nariz cheira a mel.
Não, ainda não é hora de acordar e ainda posso cheirar um pouco mais o teu respirar.

O que se vê desta janela é o que a mente consegue criar. Um espaço e um tempo que há-de chegar e onde o lugar das coisas não terá existência.

Criar uma vida a partir do quase nada permite que a construção não tenha um caminho já desenhado. Colocar nas mãos de quem nada tem, e quase nada pode perder, a força e a determinação de desbravar um percurso possibilita chegar a gentes e a destinos que ainda não tinham sido revelados.

Abre-se a janela e deixa-se o choro da chuva entrar. Incomoda o seu gemido aflito a pedir para entrar.

No meio da aridez deste lugar encontra-se o que irá fortalecer cada traço do desenho, da vida.

Na tela da vida as cenas são muitas vezes escurecidas pelas nuvens da desilusão e do cansaço. A pintura muda vezes sem conta de tonalidade e muitas vezes o encanto fica escondido debaixo de uma qualquer pedra até que esta volte a rebolar para um outro canto.

Não é preciso abrir a porta para se sentir o frio gelado do tempo que se faz agora. O frio entorpece até a mente e mesmo debaixo de uns cobertores que deveriam aquecer o corpo, o rosto ainda permanece gelado.

Mas esse mesmo frio conserva até os sonhos e basta um pouco de calor de uma mão que se junta à nossa para os aquecer e de novo e voltarem à vida.

E nos teus caracóis dourados habitam imensas razões para emanar esse calor e deixar cada sonho realizar-se em cada momento que passa.