domingo, novembro 27, 2011

Midnight in Paris, de Woody Allen



(Ao ver o filme, deu-me uma enorme vontade de me meter num avião e ir jantar a Paris para rever os bateaux mouche à la Seine e caminhar pelas avenidas cheias de luz...)

"If you are lucky enough to have lived in Paris as a young man, then wherever you go for the rest of your life it stays with you, for Paris is a moveable feast. "
Ernest Hemingway


Ernest Hemingway (uma passagem do filme Midnight in Paris):
"All men fear death. It's a natural fear that consumes us all. We fear death because we feel that we haven't loved well enough or loved at all, which ultimately are one and the same. However, when you make love with a truly great woman, one that deserves the utmost respect in this world and one that makes you feel truly powerful, that fear of death completely disappears. Because when you are sharing your body and heart with a great woman the world fades away. You two are the only ones in the entire universe. You conquer what most lesser men have never conquered before, you have conquered a great woman's heart, the most vulnerable thing she can offer to another. Death no longer lingers in the mind. Fear no longer clouds your heart. Only passion for living, and for loving, become your sole reality. This is no easy task for it takes insurmountable courage. But remember this, for that moment when you are making love with a woman of true greatness you will feel immortal."  
Não sei se estas palavras são de Hemingway ou da cabeça de Woody Allen que as coloca na boca do escritor, porém, Hemingway viveu o amor e a paixão tão intensamente que mesmo que não o tenha dito, deve tê-lo sentido em todas estas formas. 
Ah, Paris et l'amour... Tenho de ir a Paris para me apaixonar... Quem sabe não reencontro o Hemingway a caminho de um bar dos anos 20 e dançamos juntos um charlston!

o amor...



"O amor é o sangue do sol dentro do sol. A inocência repetida mil vezes na vontade sincera de desejar que o céu compreenda. levantam-se tempestades frágeis e delicadas na respiração vegetal do amor. Como uma planta a crescer da terra. O amor é a luz do sol a beber a voz doce dessa planta. Algo dentro de qualquer coisa profunda. O amor é o sentido de todas as palavras impossíveis . (...)" José Luís Peixoto

sexta-feira, novembro 18, 2011

gotas de vida


Às vezes é preciso correr à chuva, sentir a água fresca da vida na pele, no cabelo e nos pés, para despertarmos.
Sentir o vento no rosto, abrir a janela, sair para a varanda e ver os pássaros voar para longe em bandos livres e contudo aprisionados à obrigação de ter de partir, porque o outono chegou.
Às vezes é bom sentir o outono.
Às vezes apetece sentar numa encosta e respirar. Respirar apenas a sensação profunda e quantas vezes fugaz de sentir a gratidão dentro do peito.
Andar à chuva sabe a vida. Parar um pouco a correria e sentir a chuva em gotas de vida sabe bem. Acorda os nossos sentidos para a urgência da serenidade, do prazer único de sentir um arrepio na pele, por ser esse, afinal, um sinal de que estamos tão vivos.
(Quantas vezes precisamos sentir que somos mais que apenas respirar?...)



sábado, novembro 12, 2011

young and foolish!




Esta canção chegou até mim através do meu teenager, o meu filho, claro, que anda sempre na crista da onda quanto à música! Eu já sabia que ele gostava da Katy, quer pela música, quer pelo seu look pin-up! A canção colou-se-me ao ouvido! E a letra, bem, levou-me para os meus 18 anos, para a universidade, para as tardes quentes de Verão em que tinha de estudar para as frequências, naquele ano atípico em que as aulas começaram em Fevereiro devido a guerras com o governo e acabaram em Julho, aquele ano em que eu e ele éramos caloiros, em 1989/90, e ele vinha assistir à minha aula de Introdução aos Estudos Linguísticos num anfiteatro cheio de gente (ele de Engenharia - young and foolish!). Fomos apanhados, pois claro, e o professor mandou-o sair e ele passou a ser o meu ídolo! E depois acabou, como acontece muitas vezes. E a vida levou-nos para bem longe um do outro.

Muitos anos depois disse-me algo do género: "talvez na próxima vida estejamos destinados a ficar juntos."
Por isso, a letra desta canção trouxe-me à memória aqueles tempos... E esta é para ele!

"In another life
I would be your girl
We keep all our promises
Be us against the world"