segunda-feira, setembro 29, 2008

Parabéns, Cláudia!

Hoje, 29 de Setembro, completa mais uma Primavera uma das flores do nosso magnífico jardim! PARABÉNS, CLÁUDIA! E que continues a saber florir dessa maneira tão genuína, tão tua, tão nossa! Mil beijinhos com amizade, adoração e admiração!...
Procura sempre o sol!...

sexta-feira, setembro 26, 2008

Provocação...

(imagem retirada da internet)

A propósito de um programa, algo polémico, recentemente estreado na SIC e apresentado pela Teresa Guilherme, surgiu a discussão à volta do assunto (mais que delicado) da traição. Era perguntado à concorrente se contaria ao marido caso alguma vez o traísse. Ao que a dita responde que não. Não contaria. E parece que falou verdade e ganhou 100 mil euros, para grande júbilo do marido, pai, sogra e público! É de reiterar a ideia de que o marido bateu palmas e abraçou a mulher com muito amor ao ouvir a voz off dizer, após enorme suspense, que a resposta era... verdadeira!

Foram para a rua questionar os transeuntes acerca do mesmo e, como era de esperar, as respostas oscilaram entre o sim e o não e, com toda a naturalidade, foram expostas as razões.

A mim, a razão que me levou a escrever este post tem a ver com a opinião de uma mulher que considero muito inteligente e cuja escrita já me prendeu duas ou três vezes no seu blog. Luisa Castel Branco opinou mais ou menos isto: já viveu muito e sempre achou que a verdade devia ser a palavra - chave de tudo na vida. Porém, agora e com a experiência que já tem, diz: mulheres, se a coisa NÃO for séria, não contem! Não vale a pena estragar nada por uma vivência passageira!...

Fiquei espantada. Ela que é uma mulher tão assertiva e correcta, do género "doa a quem doer", emite tal opinião! Fiquei a pensar, eu própria também, sobre o assunto... Valerá a pena contar ao companheiro(a) que se cometeu uma traição? Só se deve contar se a "coisa" for séria, como defende Luisa Castel Branco? Deve-se contar sempre, mesmo que tenha sido "uma aventura sem importância"? Existirão "aventuras sem importância", ou pequenos deslizes sem valor, ou todas as traições são graves e condenáveis? Será que o ser humano consegue enganar e ficar na mesma? Ou alguns conseguem e outros não? O que será melhor: saber a verdade ou viver na "santa ignorância" e em paz e harmonia?...

Meditem e aceitem a provocação: digam qualquer coisa!


domingo, setembro 21, 2008

poesia, mais uma vez!

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!

E eu acreditava.

Acreditava,

porque ao teu lado

todas as coisas eram possíveis.



Mas isso era no tempo dos segredos.

Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.

Era no tempo em que os meus olhos

eram os tais peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.

É pouco, mas é verdade:

uns olhos como todos os outros.



Já gastámos as palavras.

Quando agora digo: meu amor...,

já não se passa absolutamente nada.

E no entanto, antes das palavras gastas,

tenho a certeza

de que todas as coisas estremeciam

só de murmurar o teu nome

no silêncio do meu coração.



Não temos já nada para dar.

Dentro de ti

não há nada que me peça água.

O passado é inútil como um trapo.

E já te disse: as palavras estão gastas.



Adeus



Eugénio de Andrade

(mais uma vez!...)

sábado, setembro 20, 2008

Despedida...

(imagem retirada da Internet - Autora: Isabel)
Ía eu hoje de carro pela estrada e reparei numa coisa que todos os anos me faz sentir algo paradoxal. Das árvores ainda carregadas de folhas verdes, começavam a desprender-se algumas já amarelecidas. O sopro do vento levava-as para longe e a sensação de que a natureza está a mudar trouxe-me o tal sentimento dual de, por um lado, melancolia, tristeza e, por outro, fascínio, encantamento…
Tal como acontecia com os poetas e autores do Romantismo, a natureza influencia um pouco os meus estados de espírito e o meu ânimo… Pelo fim da tarde, chegou a chuva, o ar arrefeceu e eu comecei a despedir-me do Verão… Comecei a antever os ramos despidos das árvores, os dias mais curtos, as gotas de chuva na minha janela, o som dela no meu telhado, o céu cinzento a encobrir os raios de sol no meu dia…
É o ciclo da vida que temos que aceitar, pois a natureza também sabe que “é preciso morrer para nascer de novo”…

segunda-feira, setembro 15, 2008

Mamma Mia! Divina Meryl Streep!




Há muito tempo que não saía de uma sala de cinema com o coração cheio !
É um musical.
Pensei que todo o drama se perdesse perante o aspecto insólito de situações cantadas (irreais, no dia-a-dia) e que, por isso mesmo, fosse impossível chorar, emocionar-me, envolver-me no filme! Porém, devo dizer que as lágrimas me caíram, teimosas, inconvenientes, com emoção. Adianto também que saí com os maxilares descarnados de tanto rir e com os meus abdominais tonificados pelas fortes contracções que as gargalhadas sonoras provocaram! Uma mistura de sensações e emoções que somente uma Meryl Streep absolutamente estonteante poderia provocar! Um verdadeiro bálsamo, este filme, que traz à memória canções que ouvi pela primeira vez em vinil, em adolescente, em casa de uns tios trintões e muito curtidões e que na altura eu trauteava sem compreender o sentido e muitas vezes com a letra errada! Eram os ABBA, claro está!
Quem conhece Meryl Streep de filmes dramáticos e densos como A Casa dos Espíritos ou As Pontes de Madison County, dificilmente poderia esperar que ela se saísse tão bem numa comédia / musical carregada de energia, acção e música! Mas a surpresa é avassaladora, o que até acaba por nem surpreender - é que estamos a lidar com uma musa do cinema! Ela própria parece rejuvenescer no cenário encantado da Grécia, local onde decorre a acção!

Ficamos com o desejo de envelhecer da mesma forma encantadora e bela!

E, claro, com vontade de reservar já bilhetes para o próximo avião para a Grécia!

quinta-feira, setembro 11, 2008

Mar de Setembro

(imagem retirada da internet- autor desconhecido)

Tudo era claro:

céu, lábios, areias.

O mar estava perto,

fremente de espumas.

Corpos ou ondas:

iam, vinham, iam,

dóceis, leves - só

ritmo e brancura.

Felizes, cantam;

despertos, amam,

exaltam o silêncio.

Tudo era claro,

jovem, alado.

O mar estava perto,

puríssimo, doirado.

(Eugénio de Andrade, o poeta do amor, da intensidade...)


sábado, setembro 06, 2008

Estrada

Não posso estar tanto tempo a ouvir esta música e não a partilhar...
http://www.youtube.com/watch?v=Sf0l1XTDUAY

Meu amor não quero mais palavras rasgadas
Nem o tempo cheio dos pedaços de nada
Não me dês sentidos para chegar ao fim
Meu amor...só quero ser feliz
Meu amor não quero mais razões p'ra apagar
O que nasce e renasce e nos faz acordar
A locura faz medo se for medo o teu chão
Mas é ar e é terra dentro do coração
É ar e é terra dentro do coração
Meu amor não quero mais silêncio escondido
Nem a dor do que cai em cada gesto ferido
Quero janelas abertas e o sol a entrar
Quero o meu mundo interno dentro do teu olhar
Eu quero o meu mundo inteiro dentro do teu olhar
E hoje vê a estrada é feita para seguir
E hoje sente a vida é feita de sentir
E hoje vira do avesso o mundo e vê melhor
Deste lado é mais puro
É teu é tão maior
Deste lado é mais puro
É meu é tão maior
Meu amor não quero mais palavras rasgadas
Nem o tempo o cheio dos pedaços de nada
Não me dês sentidos para chegar ao fimMeu amor...só quero ser feliz
Meu amor não quero mais razões p'ra apagar
O que nasce e renasce e nos faz acordar
A locura faz medo se for medo o teu chão
Mas é ar e é terra dentro do coração
É ar e é terra dentro do coração
E hoje vê a estrada é feita para seguir
E hoje sente a vida é feita de sentir
E hoje vira do avesso o mundo e vê melhor
Deste lado é mais puro
É teu é tão maior
Deste lado é mais puro
É meu é tão maior