quinta-feira, julho 12, 2007

Intenso


Há quem nos tire a respiração pela intensidade do sentimento
e há os que nos querem tirar o ar de vez...

Há quem nos acelere o coração apenas com a sua presença
e há os que nos querem parar o coração de vez...

Há quem nos ilumine tanto
que quase não conseguimos manter o olhar fixo
e há os que nos querem cegos de vez...

Mas dou voltas e mais voltas e acabo sempre por encontrar toda a paz que preciso bem dentro de mim...
(e nas almas iluminadas que me acompanham em toda a caminhada! Grata a todos os que trago no meu coração. Adoro-vos.)

6 comentários:

Alexandre disse...

A melhor forma de conhecer quem sou é ver-me no olhar de quem me conhece e ama... de quem consegue acariciar o meu coração e beijar a minha alma! É tão aconchegante aquele olhar...

CC disse...

Gostava de concordar mas não posso! Não consigo evitar de pensar que conhecer-me pelo olhar dos que me amam, torna esse conhecimento incompleto e tendencioso, pois quem ama de alguma forma não consegue evitar de proteger , de silenciar as palavras que podem trazer dor, de desviar o olhar quando magoa, escondendo dessa forma aquilo que também faz parte de nós mas que não é tão apreciado, ficando dessa forma muita vezes ignorado por nós por vezes durante uma vida inteira.

Acredito mais no olhar daqueles que me olham de frente, no instante em que retiro o amor que não consegui manter!

Alexandre disse...

O olhar nunca silencia... É a expressão pura do que sentimos. (Feng Shui do Corpo) O amor só faz sentido quando olhado de frente... conhecendo e reconhecendo os defeitos e virtudes. Nem todos os que nos amam conseguem transmitir a real imagem de quem somos, apenas aqueles que realmente amam, algo inexplicável por palavras, apenas sentido... Existirá versão mais tendenciosa do que a que temos de nós mesmos?...

Anónimo disse...

Existencialismos à parte, até porque a temática se arrasta no tempo sem grandes certezas (tal como aqui)...prefiro beber as palavras do texto que de tão simples que são conseguem dar-nos a conhecer uma dura realidade tão humana na sua essência.

O a dicotomia amor/ódio também não é novidade...mas proponho que com escárnio encares actos crueís e aproveites todos os outros que enriquecem a tua vida e alimentam a tua alma.

Alexandre disse...

Sábias palavras... Indiferença para quem nos quer mal. Um sorriso para quem nos faz elevar a alma...

CC disse...

Sim, é verdade que existem certas temáticas que se arrastam no tempo sem grandes certezas, isso acontece por várias razões, continuo indeciso sobre o que mais pesa no seu arrasto, se a dificuldade da própria temática ou se “como aqui” foi esquecido a essência que lhe deu origem.

Estes pequenos desvios geralmente originam debates algo confusos pois alguns dos locutores já avançaram para novos destinos enquanto que outros tentam manter o destino original em mente, no intuito de alcança-lo, conseguindo desta forma fechar uma temática e podendo dessa forma seguir para a próxima munido da experiência que a anterior lhe trouxe!

A necessidade desta introdução foi com o intuito de relembrar aos honoráveis presentes a essência do meu comentário inicial foi simplesmente este:

“Não consigo evitar de pensar que conhecer-me pelo olhar dos que me amam, torna esse conhecimento incompleto e tendencioso...”

Não mencionei a força, conteúdo ou expressão do olhar; do que se sente quando se emite um olhar; do que se sente ou interpreta quando se olha num desses olhares; tudo isto são “condicionantes” que me “ajudariam ou não” a conhecer-me pelo olhar dos que me amam, mas o acto de me conhecer por este processo é algo ligeiramente diferente mas mais importante existe ou não por si só!

Acredito também que deixei claro que é assim “que é para mim”, em parte alguma pretendi fazer disto um axioma!

Concordo com a maioria das frases que foram entretanto aqui deixadas, no entanto a conjugação de algumas dessas frases fazem-me surgia algumas dúvidas, pois parecem corroborar o meu comentário inicial, no entanto deixo aqui as minhas dúvidas para que seja possível elucidar-me caso as mesmas o justifiquem:

“A melhor forma de conhecer quem sou é ver-me no olhar de quem me conhece e ama...”

e

“Nem todos os que nos amam conseguem transmitir a real imagem de quem somos, apenas aqueles que realmente amam…”

Como se distingue aqueles que nos amam, daqueles que realmente nos amam?

Pelo que aqui está escrito, será correcto da minha parte interpretar que é possível eu ficar com uma ideia errada de mim por a ter procurado no olhar dos que me amam, desconhecendo que possivelmente não me amam realmente?

Gostei desta frase:

Existirá versão mais tendenciosa do que a que temos de nós mesmos?...

Tenho que conjugar os pensamentos para procurar a melhor e mais simples resposta que conseguir, não por não saber a resposta mas por encontrar imensas!

Como abertura tenho que dizer que “depende da pessoa que faz esta pergunta a si mesmo”! Depende da experiência que ela tem, da sensibilidade, do que ela sofreu ou não, do que ela recebeu ou não em função do que viveu e como viveu, do número de vezes que essa pessoa vez a pergunta a si mesmo(a), e quantas vezes a resposta mudou ou não! Depende também se independentemente da vivência essa pergunta continua a ser feita, ou se foi alcançado um estado em que a pessoa já não sente mais a necessidade de fazer essa pergunta!

Como conclusão “própria” tenho de admitir que essa frase se aplica a imensas pessoas, no entanto existem outras que por saber que existe essa tendência, mudaram a sua procura procurando sempre questionar essa tendência!

Antecipando uma qualquer questão acerca da “dificuldade” que isto implica, a resposta será positiva, darei a minha concordância que não é uma tarefa fácil, no entanto longe de sem impossível.

“Se acreditares que irás vencer, ou se acreditares que irás falhar, estarás certo”!