Camélias… Descobri a sua beleza recentemente. São lindíssimas, têm várias cores e duram bastante tempo. Muito mais que as rosas, que murcham em dois dias depois de cortadas. Nascem numa árvore magnífica que ilumina qualquer jardim. Têm um aspecto suave e harmonioso. Não têm perfume. Não têm picos. A sua despretensiosa beleza só é comparável à generosidade do dono das camélias. Uma discreta sensibilidade que vem de debaixo da pele, tal como a cor das camélias que já nasce com elas. A ligação dos dois é inevitável. As camélias são perfeitas na sua candura.
A alma das pessoas devia ser como uma camélia branca (a minha favorita): discreta, imaculada, suave, harmoniosa, bela, simples. Almas simples e belas. É mais fácil encontrar uma camélia repleta de orvalho a despontar numa manhã de inverno…
3 comentários:
Pouco percebo de flores; de pessoas, muito menos. Sei que podem estar a meia dúzia de passos, passamos por elas todos os dias e nem reparamos porque só vemos as rosas. Às vezes somos nós que não as queremos ver porque uma nos picou e temos medo que todas as flores tenham espinhos. E às vezes, quando finalmente cá dentro algo nos diz que encontramos a flor certa, percebemos que uma flor tão bela assim pode não estar ali só para nós. Ou para nós.
E não lhe tocamos. Só lhe pedimos para ficar mais um bocado, um longo bocado, eterno se necessário. À espera que se liberte da árvore e venha ter conosco. Que nos dê a mão. Que nos devolva a vida.
Também me parece que aquilo não é orvalho. Acho que são lágrimas. Mas, que sei eu de flores? E de pessoas, muito menos.
pode não saber nada de flores, nem de pessoas, mas percebe de metáforas e de palavras!
beautiful!
Há alguém que escreve assim como se as coisas fossem sempre mais um pouco além do que se vê; há alguém que, mesmo sem tempo, faz o tempo aparecer para nos dizer coisas destas. Coisas sobre as flores, os sentimentos, os outros e os que nos rodeiam.
Camélias... curioso. Compramos tulipas para um destes dias fazermos todos cá em casa uma sessão de jardinagem. Será que deveriamos ter escolhido as camélias?
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