terça-feira, novembro 06, 2007

O segredo do futuro


O segredo do futuro,
é o Amor.
Um Amor sublime e puro,
o belo Amor.
Só o Amor
Resolve tudo numa esperança maior.
Sem Amor
o que era grande é já menor
Sem Amor
o que era bom ficou pior
Só o Amor
Resolve tudo e traz a esperança até nós.
Eu vejo o tempo a passar muito depressa
E ao longe essa esperança
Que sinto apagar
Chamou por mim
Para eu a chamar.
A idéia do Amor
Aconteceu
na estrada da Terra até o Céu.
A idéia do Amor nao se perdeu
E devolveu tudo o que se deu.
A chave do futuro é dar de novo Amor
A todo o "outro"
O "outro" que és tu, e ele, e eu,
A sós neste mundo.

(Pedro Ayres Magalhaes / Fernando Jódice - cantado por Madredeus)

4 comentários:

Anónimo disse...

"A ideia do Amor nao se perdeu
E devolveu tudo o que se deu."

Devolveu tudo o que se deu... (Será isto sempre assim?)

Será mais feliz quem mais ama? É certo que o amor estupidifica as pessoas. Não se vê o que todos os outros vêem, não se acredita naquilo que nos dizem ("Como podem saber? Eu é que sei, eu é que amo, nós é que podemos saber a verdade, os outros estão de fora.", só o que sentimos nos parece verdadeiro. Quem mais dá mais recebe (será?), quem se entrega é mais feliz (sempre?). Qual será melhor: não amar ou não saber o que é sofrer por amor? Que venha o diabo e escolha! O que é certo e sabido é que (diz que)não se pode viver sem ele!...

Claudia disse...

Que o Amor nunca se perca
Tenha ele a forma que tiver
e que comigo permaneça
mesmo quando tu já não estiveres.

Mesmo quando parece dificil
haver espaço para o Amor
é a ele que me entrego
mesmo sentindo a dor

Chamo, grito por ele
que no silencio se faça ouvir
que aumente no meu corpo
para que o continue a sentir.

(aparvalhadas me soam estas palavras pois nada dizem da intensidade que me invade)

CC disse...

Devolveu tudo o que se deu... (Será isto sempre assim?)

Creio que depende do ponto de vista, creio que depende do que se procura nas memórias desse amor.

Se procurar-mos de forma literal, é muito provável que não se encontre tudo o que se deu! Uns precisam de muito para se sentirem quentes, enquanto que outros retiram todo o calor necessário da mais escassa manifestação desse amor, nada exigindo além do que a pessoa amada está disposta a dar. A experiência do coração indica que uns recebem mais do que outros, e com isto a desigualdade entre o que se dá e o que se recebe parece nunca estar muito longe de todos aqueles que recebem e propagam amor!

Por outro prisma, descobre-se que o acto/expressão/manifestação de amar é diferente do aparente simples “acto de dar”! Quantas vezes não ficamos bem se não dermos algo? Quantas vezes fazemos quase tudo o necessário para que alguém receba algo que queremos dar? Quantas vezes nos elevamos acima dos nossos impostos limites só porque aspiramos a que alguém receba o que temos para dar? Quantas vezes nos tornamos melhores, e alcançamos o inimaginável simplesmente porque temos o ímpeto de dar? Quantas vezes a última pessoa em quem pensamos é em nos mesmos quando se trata de dar? Quantas vezes nos sentimos: felizes, esplêndidos, magníficos, preenchidos, simplesmente porque conseguimos “dar”?

Talvez não tantas como deveríamos, talvez não tantas como o que sabemos, podemos e sentimos, mas parece-me correcto afirmar que acontece de todas as vezes que um coração dá amor! Como é “usada” essa oferta de amor, pode nem sempre ser a que desejaríamos, mas da mesma forma que livremente decidimos dar esse amor, também livremente quem o recebe deve ser livre de o recusar, ou de lhe dar um destino diferente daquele que gostaríamos que ele tivesse, mas enquanto o demos, fizemos o que sentíamos nesse momento. Soa-me como uma boa definição de felicidade aquela em que cada um pode dar livremente o que sente, quer e deseja num determinado instante… para se sentir feliz!

Também eu sinto o que a minha querida amiga disse: “aparvalhadas me soam estas palavras pois nada dizem da intensidade que me invade”, talvez simplesmente por acreditar que recebo todo o amor que dou. Pode não ser no reflexo do espelho que está perante mim, mas por o ter mostrado, aprendi um pouco mais sobre ele! Descobri que o mundo tem tantos espelhos quantos os locais onde eu acredite que eles existam!

E neste mundo de dar e receber, se for loucura dizer que sou feliz por saber que todos aqueles que gostaria de ter por perto por os amar, estão felizes apesar de longe de mim, então a loucura que venha, pois munido de amor estou preparado para estar com ela!

Claudia disse...

Magnífico... já tinha lido estes comentários todos ao post "O segredo do fututo é o AMOR" mas hoje estes comentários tiveram um significado diferente.

Concordo cada vez mais com esta tua exposição AMIGO! Somos mais felizes quando damos o que sentimos e mesmo que quem o recebe não o faça da forma que esperamos continuamos a sentir a felicidade porque se eles estão felizes dessa forma eu também estou... Esta forma despojada de amar é a mais autêntica e a que nos devolve o amor que damos, sem dúvida!