terça-feira, julho 15, 2008

Cartas de amor...e outras cartas



Guardo pilhas de cartas dos tempos em que se escrevia em papel.

Não me consigo desfazer delas... até porque deixaram de aumentar. Há já muito tempo que não tenho que comprar uma caixa nova para as guardar.

Havia já gente evoluida que escrevia as declarações de amor no computador mas tinha o cuidado delicado de imprimir em papel adequado e bonito e colocar num envelope personalizado para entregar. Reli recentemente algumas delas...Quanto valor teve tudo um dia e quanto sentimento guardo agora numas caixas cheia deles! Acho que guardo todas estas cartas acreditando que se consegue guardar os sentimentos...

Mas ainda continuo a acreditar nisso pois guardo os telegramas de amor transformados em emails e sms... mas esses na sua forma digital. Devo achar que guardar os escritos tornam as coisas mais verdadeiras... não não é nada disso apenas gosto de reler o que se escreve e tentar perceber durante quanto tempo continua válido...

4 comentários:

Anónimo disse...

Guardo também essas lembranças do passado...

Gosto de reler ou simplesmente olhar ao longe e saber que ali repousam memórias.
Gosto principalmente da forma como me recordam momentos de embaraço, insegurança, de vergonha, de coragem,de alegria, euforia...,no fundo de sentimentos vividos e que fizeram de mim um pouco do que hoje sou .

Hoje agarro-me mais aos actos, ao que não se verbaliza, ao que não se consegue nem com tinta, nem com 0s e 1s expressar.

Acredito facilmente que o poder de atracção de alguns seres é tal que gere "pilhas" destas memórias!

Anónimo disse...

Eu posso dizer que, como adepto das novas tecnologias, não guardo cartas, mas guardo e-mails.

Não será uma coisa tão pessoal, mas são mais fáceis de guardar! :o)

Mas nem tudo está perdido, porque também guardo alguns postais.

Anónimo disse...

No cimo do meu roupeiro também tenho uma caixa muito especial que com o tempo foi aumentando o seu tamanho.
É a minha “Caixinha de Recordações”!
Tal como tu vou guardando ali pedaços do meu passado como se fosse uma ponte para as minhas mais belas memórias, objectos e cartas carregados de um grande valor sentimental.
Volta e meia ao abrir aquela caixa pego nos diversos tesouros e segredos ali guardados e vou recordando um após o outro o significado que ainda têm ou que porventura alguns já perderam …
Sei que muitas das coisas ali guardadas não têm grande valor por si só, apenas porque com elas me lembro de pessoas, sítios, momentos felizes e dourados que algum dia vivi.
Nos dias que tenho vontade de viajar no tempo e regressar ao passado, abro a minha “caixinha de recordações” e com ela viajo um pouco, mesmo que essa viagem dure apenas o tempo das minhas lembranças.
Beijinhos

Anónimo disse...

Curioso, este post! E tão bem exposta a mensagem! Se, por um lado, acho fantástico comunicar no momento, receber e enviar mensagens via net e telemóvel, por outro, entristece-me que essas mensagens se percam no universo digital... Quantas mensagens perdi, por não terem sido escritas em papel... Quantos afectos ficaram escritos em emails e telemóveis que, mais tarde ou mais cedo apagamos com um simples toque... É o preço da evolução. Curiosamente, gosto mais das cartas de amor (e outras) em papel! Dá-me uma nostalgia do tempo de adolescente que, os jovens de hoje não conhecem!...