sábado, dezembro 05, 2009

A cor da amizade, em tempo natalício


Dançavam todos ao som da música revivida de memórias e sentimentos antigos, música sempre eterna das décadas douradas de 70 e 80. Claro que estamos a envelhecer, claro que tudo acontece a passos largos, claro que gostamos desses sons longíquos que pintam as nossas lembranças de emoções de outrora trazidas para o presente por emocionados gritos e palavras de contentamento. "Esta é tão gira!", "Lembras-te desta?"... E em uníssono cantam-se os refrões e as letras, ensaiam-se coreografias, imitam-se gestos e dão-se abraços, muitos abraços!

O homem dançava dentro de um fato que lhe sobrava no corpo, deixando-se levar pelos sons que ele, nitidamente, parecia sentir bem dentro de si. Dançava, levantando os braços e as pernas exageradamente, dançava com alegria em gestos largos como se esvoaçasse e o seu magro corpo, curvado para a frente, parecia não ser controlado por ele. Era difícil não reparar nele... Dançava com um enorme sorriso no rosto, como se aquela música familiar lhe trouxesse ao pensamento a alegria inconsciente da juventude.

E o grupo dançava alegremente, cada um ao seu ritmo, cada um com o seu jeito peculiar e único, todos juntos após um fraterno jantar de Natal...

E é com cores destas que se pintam momentos de amizade e alegria! Outros jantares virão, outros natais também, outros amigos se farão, outras pessoas sairão e entrarão para as nossas vidas, por isso sabemos que estamos vivos, em mais um Natal, já tão próximo (de novo)!

4 comentários:

António disse...

Pena que façamos do Natal um "evento" anual...era capaz de o sentir e viver diariamente!
"Abraços..muitos abraços" gostei mt!

Claudia disse...

E alguém incrúdula dizia: "imagino como devem ser os vossos Natais! Vocês são super animados."
Claro que tirando aquela noite é sempre assim por isso não admira que até o avô ande sempre a pedir mais jantares. E lá vai jogando no suplementar do totoloto a ver se o leitão sai. Assim se nós não tivermos nenhum motivo para festejar lá vem ele dizer que o leitão tem que se comer!

Anónimo disse...

:) pois é Cláudia, é dele que nos vem os genes da borga e da alegria!
E há mais festas dentro em breve para espalhar essa festa que nasce dentro de nós e se transmite aos outros!

Beatriz disse...

Gostei muito!
Beijinhos!:)