sexta-feira, março 19, 2010

Pai


Quando era pequena, achava que o pai resolvia tudo, que me defendia dos meninos maus, que me salvava de todos os perigos e que com ele estaria para sempre protegida. Sobretudo, achava que ele era muito forte. Depois cresci e percebi que ele era um homem como os outros, que errava, que tinha defeitos e que não me conseguia proteger do mundo, porque, simplesmente, era humano. Mais crescida ainda percebi que ele envelhecera, que estava frágil, doente e que continuava com muitos defeitos, porque simplesmente era um homem como os outros, mas mais velho. E foi então que tive de lhe calçar as meias, de lhe chegar a comida, de o curar, de o acompanhar às consultas e de lhe dar o chã antes de dormir. E senti que ele gostou que eu tratasse dele com amor. E percebi também que a vida é um ciclo incontornável e que temos de amar o nosso pai como ele é, e que somos felizes porque ele está connosco e sabe que tem filhos que estão com ele... Já te disse hoje, Pai, mas escrevo-o na mesma: um beijinho e um dia feliz! Porque és o meu pai, para sempre...

1 comentário:

António disse...

Pai é Pai e mais nada:-) Todos temos defeitos...alguns mais do que outros, outros menos "leaozinhos" do que outros! lol
Mas é bom estarmos cá...
beijo parabéns Pai:)