Tudo era claro:
céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
fremente de espumas.
Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves - só
ritmo e brancura.
Felizes, cantam;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, doirado.
(Eugénio de Andrade, o poeta do amor, da intensidade...)
2 comentários:
Bonito poema!
O mar é de facto tão belo que consegue agigantar o que de melhor há em nós …
Beijinhos,
Apetece-me dizer que sempre gostei e continuo a gostar muito do mês de Setembro... Apenas o recheava com um sol um bocadinho mais quente.
Mas Setembro trás-me sempre à memória o recomeçar ou começar de alguma alguma e também alguma nostalgia do que nos deixa o Verão... e o mar para mim é fabuloso em qualquer altura!!
Bjs
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