quinta-feira, setembro 11, 2008

Mar de Setembro

(imagem retirada da internet- autor desconhecido)

Tudo era claro:

céu, lábios, areias.

O mar estava perto,

fremente de espumas.

Corpos ou ondas:

iam, vinham, iam,

dóceis, leves - só

ritmo e brancura.

Felizes, cantam;

despertos, amam,

exaltam o silêncio.

Tudo era claro,

jovem, alado.

O mar estava perto,

puríssimo, doirado.

(Eugénio de Andrade, o poeta do amor, da intensidade...)


2 comentários:

Anónimo disse...

Bonito poema!
O mar é de facto tão belo que consegue agigantar o que de melhor há em nós …
Beijinhos,

Claudia disse...

Apetece-me dizer que sempre gostei e continuo a gostar muito do mês de Setembro... Apenas o recheava com um sol um bocadinho mais quente.
Mas Setembro trás-me sempre à memória o recomeçar ou começar de alguma alguma e também alguma nostalgia do que nos deixa o Verão... e o mar para mim é fabuloso em qualquer altura!!
Bjs