Aqui tudo pode acontecer... mas são essencialmente as nossas viagens pelo mundo das ideias e das experiencias que aqui podemos partilhar...
sexta-feira, julho 31, 2009
O Silêncio
Caminho pelo silêncio
Aquele que consegui de novo de volta
Neste silêncio há espaço para o meu sentir... o Todo Sentir
Sinto o vento frio a cortar o meu rosto,
Sinto a maresia a alimentar o meu coração e os meus sonhos
Sinto a paz,
De novo a paz de poder caminhar por onde me apetece
Por onde me sinto de novo viva e livre!
Tenho um sonho (de muitos)... de viver pertinho do mar
Olhar o horizonte infinito a cada manhã
Ver o mar a mudar de cor de acordo com as horas do dia e da noite
Um dia destes é aí que me encontrarão.
Por agora passeio junto desta magnífica paisagem e misteriosa brisa.
No meu pensamento passam rápidas as imagens, as pessosas e o sentir
Abrando o passo para ouvir melhor o barulho das ondas inquitas e vejo de novo...
o silêncio!
quinta-feira, julho 30, 2009
escrever
Para que serve escrever?
Serve para viver... De uma outra forma, de um jeito diferente, de um modo que não se sabe explicar. Vive-se de um modo estranho, com as palavras a passarem por entre as pessoas, com os sentimentos a passarem pelas palavras, com as emoções a criarem metáforas por si, sem esforço...E contudo, escreve-se com sofrimento...
Escreve-se como se ama: com o coração todo...
quarta-feira, julho 29, 2009
Não acredito em almas gémeas...
“Pois, eu também não.” – mentiu ela .
E ficaram assim, a olhar o sol a esconder-se no horizonte, iluminando timidamente apenas as duas montanhas mais longínquas que esbarravam no céu.
“Todos temos defeitos, as relações não são perfeitas, porque as pessoas não são perfeitas, temos de nos adaptar, porque não existem almas gémeas, porque há sempre problemas, porque temos de saber ceder… É por isso que não existem almas gémeas.”- continuou ele convictamente.
“Concordo, não há relações perfeitas.” – disse ela.
“Eu não acredito em almas gémeas, por tudo isso. Porque sei. Porque vivi. Porque é mesmo assim.”- repetiu ele.
“Claro, também acho que não, que não existem e se existissem eu saberia, eu sentiria que tinha de esperar por ela, sentiria sem sombras para dúvidas que a minha alma gémea estaria algures à minha espera. E, então, eu esperaria tranquilamente. E sentiria que a iria encontrar, sentiria isso, bem dentro de mim.” – disse ela, desta vez sem dar tempo a alguma observação dele.
“Pois, mas não sentes nada disso, pois não?” – perguntou ele, prendendo o olhar no olhar dela.
“Pois não?” – insistiu.
“Pois. Eu não acredito em almas gémeas, tal como tu.” – fugiu ela à pergunta. E suspirou. E o sol escondeu-se, finalmente, naquele fim de tarde de Agosto, deixando o céu incendiado de vermelho e laranja como um lençol de cetim, aberto sobre a cama...
"The meeting of two personalities is like the contact of two chemical substances: if there is any reaction, both are transformed."
Carl Jung (1875 - 1961)
terça-feira, julho 28, 2009
Everybody needs an angel
"We are, each of us angels with only one wing; and we can only fly by embracing one another."
Luciano de Crescenzo
O tempo em nós
quinta-feira, julho 23, 2009
Texto informativo... para homens! (Um contributo)
P.S. Os homens não são idiotas! O que se passa é que têm um, digamos, artefacto que lhes simplifica a vida... E depois custa-lhes a entender! Mas agora já devem estar esclarecidos ;)
quarta-feira, julho 22, 2009
o teu sorriso... ah, o teu sorriso!
O mais belo sorriso. Lembro, recordo com uma palavra a apertar o coração. Nem é triste, nem tão pouco alegre, a palavra. É uma palavra apenas, que lembra um sentimento, que lembra um momento, que lembra um beijo, que lembra uma risada, que lembra uma música. É o mais belo sorriso. Trago-o preso ao coração com um agrafo, como um papel preso a outro por um agrafo, que pica o papel, que pica o coração por causa da palavra. A palavra que aperta o coração. A palavra que não é triste, nem tão pouco alegre. É uma palavra que lembra um sentimento que nunca dobrou a esquina e partiu e ficou ausente. É um sentimento presente por causa daquele sorriso. Só por causa dele. Por causa de ti.
É a saudade. A palavra. O sentimento. A saudade de ti.
Quantos anos?...
O que importa?
Tu sabes que sempre gostei do teu sorriso!
segunda-feira, julho 20, 2009
Para que serve o Amor?
- "Saúde e trabalho. Amor? Para que serve o amor se não tiver estas duas coisas?
O amor ajuda, é verdade, mas sem saúde e sem o meu dinheirinho para que me serviria?"
Aqui está uma breve parte de uma conversa de uma mulher do povo que apesar da sua simples condição já compreendeu o que é realmente imprescindível para viver.
quarta-feira, julho 15, 2009
As férias de Verão - 2
O teenager:
terça-feira, julho 14, 2009
domingo, julho 12, 2009
O banjo do avô
A mãe nunca gostou daquilo. Nunca deu valor à habilidade do pai para tocar qualquer instrumento de ouvido, sem ter qualquer conhecimento de música, sem saber ler nem escrever notas musicais. Aprendeu sozinho, tocando com os irmãos enquanto eram jovens. A filha mais velha traz uma pen na mão e diz ao irmão que quer aquele CD gravado para si. E diz para dentro que quer guardar aqueles sons para sempre, mesmo depois daquele banjo se silenciar, mesmo que tenha de ser, um dia, mesmo que ninguém mais saiba tocar assim como o avô… E diz para dentro que está feliz por poder trazer aquele som gravado em algo mais material que a sua memória, em algo que possa um dia mostrar ao seu filho e que possa ouvir sempre que lhe der as saudades de uns serões inocentes de tudo, da vida e das tristezas dos adultos.
E o som do banjo sobressai no meio dos outros instrumentos e o avô orgulhoso e com as faces coradas diz que aquele som é o melhor de todos e a filha mais velha diz que sim, que os outros instrumentos não se ouvem nada, que o banjo é que é bonito e a filha mais nova pensa para ela que aquilo não se deve perder, porque o neto mais pequeno também já tem jeito para a música e só tem quatro anos. E o avô fica contente, mais contente ainda porque as filhas querem levar a música naquilo, naquele pedacinho de plástico com um nome qualquer que não é disco… “Eu depois gravo num CD, pai!” E o avô ri, satisfeito, remexendo na gaveta onde guarda tesouros antigos: documentos caducados, papéis soltos, postais de aniversário oferecidos pelos filhos, pautas e livros de música muito velhos, amarelecidos pelo tempo, comidos pelos anos, onde se pode perceber que ele tentara aprender música sozinho, mas depois não pôde e tocava sempre assim, com os irmãos quando se juntavam e para os filhos quando eles nasceram.
E o banjo ficará, deste modo, na família, para sempre no ouvido e no coração e gravado agora num CD para que ninguém esqueça o avô artista, que aprendeu música sozinho e que tocava um banjo que tinha um som mais alto que todos os outros em seu redor!
terça-feira, julho 07, 2009
As férias de Verão - 1
O Henrique é um garoto simpático! O sorriso abre-se logo em duas filas de dentes brancos assim que lhe digo “Bom dia”. É um miúdo bonito e tímido. Sempre a sorrir, fala muito pouco. Veio com o pai, o Sr. Henrique, colocar uns roupeiros cá em casa. Julho, férias de Verão, sábado às 8h da manhã, em ponto, chega com o pai que vai fazer “este biscate” para ganhar mais algum para além do horário da fábrica. “O Henrique vem sempre comigo! É o meu ajudante!”, diz o Sr. Henrique com um sorriso babado! O nome comum deve ser um sinal... De cumplicidade, de compreensão, de amor mútuo...
Tem cerca de onze anos e é já um homenzinho. Chega o material, segura as tábuas, varre o chão, cumpre as ordens que o pai lhe vai dando, sem reclamar, sempre atento, para não falhar. Quando pára de fazer alguma coisa, brinca com as tábuas, vai à varanda, olha os carros a passarem e deve imaginar as brincadeiras que podia estar a fazer se não estivesse ali, a ajudar o pai. Talvez a jogar à bola com os amigos, na rua…
Disse-me que vai ser médico quando for grande. E certamente vai sê-lo! É um aluno exemplar, teve 5 a todas as disciplinas no sexto ano! Adora futebol e joga na equipa da terra! E tem de ajudar o pai. Mesmo que seja um dia inteiro, mesmo que seja a um sábado, num dia de férias de Verão…
Porque a vida não é fácil e é de pequenino que se aprende…
segunda-feira, julho 06, 2009
O pote rachado
(Autor desconhecido)
Aquilo que aos nossos olhos é um defeito, aos olhos do mundo pode ser uma grande qualidade!
Aprendamos a aceitar o que somos, pois, por vezes, é por tudo isso que somos amados!
(Este foi um dos momentos de reflexão e ternura "na noite em que fechamos (quase) tudo", ilustrada nas fotos do post anterior! Beijinhos especiais para a Capitolina!)