Aqui tudo pode acontecer... mas são essencialmente as nossas viagens pelo mundo das ideias e das experiencias que aqui podemos partilhar...
quinta-feira, dezembro 31, 2009
terça-feira, dezembro 29, 2009
O meu melhor presente
Este ano tive uma surpresa muito agradável na minha noite de natal !
Um pequeno envelope com uma mensagem de alguém muito especial...
"Sexta-Feira 25-12-2009
Mãe gosto de ti, tu és a pessoa mais amorosa, és tão amorosa que te dei este presente e és a Mãe que mais adoro.
Eu gosto de ti porque tu das-me miminhos.
Mãe FELIZ NATAL
Assinado: Gonçalo P."
terça-feira, dezembro 22, 2009
quinta-feira, dezembro 17, 2009
momento
A vida é feita de entregas alucinadas, de pedaços de céu reflectidos num olhar suspenso, num momento de delírio…
A vida não é maré baixa nem viver é apenas um estado líquido e inerte…
A vida é um sorriso, um abraço que transcende o tempo, que se eleva ao infinito da alma, que não tem palavras, porque as palavras sobram, quando queremos explicar…
A vida é o momento e as memórias dele em vinil e fita de cinema !...
quarta-feira, dezembro 16, 2009
August Rush... ainda e sempre...
Na última aula do período, por tradição, não dou matéria e, por tradição, os alunos vêem um filme. Este ano repeti o feito e, nas turmas novas, passei o filme "August Rush" (as turmas dos mais velhos já o viram comigo no ano passado:)). Chamei a atenção para a importãncia da música em todo o filme, para o som da natureza, para os sentimentos que saem da música, dos olhares, das palavras... O filme começou e a reação é sempre idêntica: as vozes calam-se, os olhares fixam-se no ecrã, os sorrisos abrem-se...
Adoraram o filme! Uma aluna escreveu a seguinte frase no msn: "August Rush: do melhor!"
E assim é, de facto! Um filme belo e envolvente! Perfeito para esta época!
Esta é a minha música favorita, cantada por Jonathan Rhys Meyers (suspiro :)) e que lembra que é algures bem dentro de nós que tudo acontece! Este é o som do coração!
"'Cause if you hadn't found me I would have found you..."
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Você tem Inteligência Espiritual?
A Dra. Dana afirma que as pessoas com QS (inteligência espiritual) são facilmente reconhecidas porque:
1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2. São estimuladas por valores; são idealistas.
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.
4. São holísticas.
5. Celebram a adversidade.
6. Têm independência.
7. Questionam sempre.
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto muito amplo.
9. Têm espontaneidade.
10. TÊM COMPAIXÃO!
Quantos destes itens você possui?
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Uma tarde na Terra dos Sonhos
Das primeiras coisas fantásticas que fizeste (além de sobreviver àqueles primeiros dias conturbados e incertos) foi folhear um pequeno livro de histórias para bebés. E é sobre isso que hoje vou escrever.
Como é crescer a ouvir e a contar histórias de encantar? O que acontece na tua imaginação quando escutas todas estas histórias? São fadas, príncipes e castelos, piratas e tesouros, Winnie e o pote de mel, Peter Pan e a fada Sininho. Mundos encantados e cheios de seres que nem sonhava que existiam. Todos os dias escutas pelo menos uma história, seja ela nova ou repetida porque gostas muito daquela e queres que a leia de novo.
Passeamos pela Terra dos Sonhos e eu não consigo dizer quem é que se deixou envolver mais por aquele espaço de magia: tu ou eu? Na casa da Branca de Neve e os Sete Anões dei comigo a ler o nome dos anões (nunca os soube todos) escritos nas respectivas cabeceiras das mini camas e a tentar descobri-los pela atitude enquanto tu apenas os querias cumprimentar e passar à próxima casinha com mais personagens dos livros das histórias infantis.
Foi muito curioso ver na casa dos três porquinhos a representação do lobo a tentar, em vão, deitar a casa de tijolo abaixo. No final todas as crianças ficavam a ver o lobo a fugir e quando o descobriram no meio das árvores todas elas se despediam do lobo e diziam: “Não fiques triste, xau, até logo lobo”.
E a casa da Alice que não tinha Alice e ninguém te fazia acreditar que ela estava do outro lado do espelho? Aproximaste-te do espelho e muito admirado disseste: ”Não está nada. Ali sou eu!”
Foi uma tarde em cheio. A magia e os sonhos andavam de mãos dadas connosco o tempo todo.
O que é que acontece com as pessoas que se esquecem de sonhar?
sábado, dezembro 05, 2009
Este Sábado tão nosso
Gifs Animados
“Onde vamos hoje, mãe?”
Hoje não tiramos os pijamas, hoje ficamos em casa, no quentinho das coisas nossas, a ver um filme juntos, a estudar, a ler, a sentir o conforto da presença um do outro. Hoje fazemos as nossas torradas, tu comes os teus Chocapic e eu os meus cereais integrais, hoje comemos a nossa sopa, hoje ao lanche tu pedes mais pão com aquela marmelada tão boa que a Dª Emília fez e queres para jantar uma sanduíche de atum com maionese (“Só um pouquinho, vá lá, mãe…”) porque hoje é Sábado, (“Não faças jantar”). (“Está bem, mas a sopa tem de ser…”) E tu aceitas e deves pensar que a tua mãe é uma chata, mas gostas dela na mesma, porque não pudeste escolher outra e mesmo que pudesses não o farias, porque esta é a que te foi destinada para toda a eternidade e gostas dela assim e não sabes porquê.
E eu sinto-te a andar pela casa e vejo-te já tão crescido e imagino-te com mais seis anos e longe de mim e eu aqui, num Sábado parecido com este sem o teu cheiro de menino tão meu, de filho a crescer tão depressa, de amor pequenino e grande como daqui até ao sol, até ao infinito. Neste Sábado tão nosso, vou parar o relógio das nossas vidas, porque sei que nesta e noutras vidas estivemos e estaremos sempre ligados, tu e eu filho meu, assim juntos para sempre e desde sempre, unidos numa eterna saudade até do que ainda não foi, até do que já passamos e não queremos repetir… Cresceste tão depressa…
Este Sábado é nosso, por isso, vamos lá comer a nossa sopa que cheira a aconchego e a mãe, porque faz lembrar quando apenas com dois anitos me dizias “Cheiras a mãe!” quando eu estava em casa e me abraçavas com mais força, porque esse dia não era dia de trabalho e eu tinha tempo para cozinhar e brincar contigo…
Este Sábado é nosso!
A cor da amizade, em tempo natalício
segunda-feira, novembro 30, 2009
O que se vê e o que se é
Eça de Queiroz, in A Cidade e as Serras
sábado, novembro 21, 2009
We live with what we miss...
Vai deslizando o som quente da música no interior de mim e do automóvel. Prossigo viagem, seguindo a linha branca da estrada que se apresenta em frente, sempre em frente. Nem sei para onde sigo, sigo apenas a linha branca, o caminho é sempre em frente. E seguro na mão um olhar que vi a brilhar por dentro, a seduzir por fora, a brincar com o sorriso eterno de um dia eterno em que ainda não te vi, mas já conheço!
- O que trazes aí?
- Nada de especial, somente o coração que vou guardar na caixa de memórias!
We live with what we miss…
I miss the rain in Summer
I miss the sun in Winter
I miss the stars in the morning
I miss the sunshine at night…
I live to miss what I don’t have…
And I miss you
because you live in me…
sexta-feira, novembro 20, 2009
Desamor
esse amor cruel e desmedido
mas esse eu não quero
fica contigo
quero um amor doce e suave
que toca a alma e não apenas o corpo
esse, esse fica comigo
vai para o todo o lado não me abandona
abraça-me, acolhe-me e protege-me
suave e intenso como a estrada quente percorrida
esse vai comigo.
gritos que não dizem nada
esses não são para mim
não sentes que o coração que está na tua frente transborda pelos olhos?
vê como corre só para te ver, já que ter-te é impossivel
e não são os outros que não permitem
és tu que não o sentes.
errante caminho desalinhado
fortalecido pelas quedas e não esmorecido
com tantas palavras para se dizer
escolhes as que não fazem sentido
será que são as palavras ou serás tu mesmo?
nessa estrada sem direcção
caminhas determinado mas esqueces-te do coração
esse ficou comigo
encontra-se bem, cuidado, posso garantir-te
não o parto não o amachuco
mimo-o como parte preciosa de mim
e não deixo que nada de mal lhe aconteça
porque está junto do meu
lado a lado a conversar
um dia dir-te-ei como conversam
terça-feira, novembro 17, 2009
"Estrelinha"
na que estava mais perto da terra
aquela que é a primeira a aparecer no anoitecer
e ficou a olhá-la com o olhar enternecedor
abraçou-a e deixou o seu brilho espalhar-se por toda a terra até ao seu coração
uma companhia eterna para todos momentos
para aqueles em que a ausência do olhar faz demorar mais do que as horas do relógio
mais do que os dias do calendário
mais do que as estações do tempo que já não existe
para que nunca se sentisse só
pendurou-a na lua, a guardiã da noite, e com um laço macio de cetim ali a deixou.
sexta-feira, novembro 13, 2009
Seus olhos - Almeida Garrett
Seus Olhos
Seus olhos --- se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou ---
Não tinham luz de brilhar.
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! --- e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, num só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
Almeida Garrett
terça-feira, novembro 10, 2009
Porque existe sempre alguém que gostariamos de rever
"Pudesse eu guardar-te nos sentidos e na voz
E descobrir o que será de nós
E demorar um dia mais eternamente
Por te rever, só
Quisera a ternura, calmaria azul do mar
O riso o amor o gosto a sal o sol do olhar
E um lugar pra me espraiar eternamente
Por te rever, só
Pudesse eu ser tempo a respirar no teu abraço
Adormecer e abandonar-me de cansaço
Quisera assim perder-me em mim eternamente
Por te rever, só"
domingo, novembro 08, 2009
A carta
E de uma vez, sem pensar mais, ela fechou o envelope, colou-o bem colado, bem fechado ele ficou e a carta seguiu a sua longa viagem até ele e ela conseguiu,finalmente, respirar de novo.
quarta-feira, outubro 28, 2009
Uma estrada...
imagem retirada daqui
Nessa estrada larga ela percorre o caminho que a leva em frente, adiante, aquele que a guia aos prados verdejantes dos quadros dos pintores naive, sem montanhas nem vales, apenas campos arejados e vastos de longínquas sensações de tranquilidade com sabor a fins de tarde amenos.
Ela sabe que nessa estrada prodigiosa e escancarada para a vida, não há retrocessos nem flashbacks, nem livros de história passada ou narrada, nem lendas passadas no sublimar de emoções irreais. E nessa estrada ela segue de vestido negro igual ao cabelo, segura, preparada para o que decerto lhe trará a curva lá ao fundo: outro amanhecer de caminhos largos e inúmeras possibilidades.
Ela sabe de abraços sentidos em despedidas demoradas, leves, suaves, em abraços de almas irmãs e em batimentos de corações em uníssono e é nesses abraços que ela sabe encontrará aquele verso do poema que traz guardado desde sempre…
“And after all that, however long all that may be, you'll go somewhere new. And you'll meet people who make you feel worthwhile again. And little pieces of your soul will finally come back.” No blogue A Senda
quarta-feira, outubro 21, 2009
Uma aldeia
Envolto numa paisagem verde e fresca, corria, livre, solto e transparente.
Era Verão e lá fora o sol ainda brilhava alegre e quente.
A casa era em pedra e embora pequena, estava fresca. O seu interior mobilado com móveis rústicos, e desgastados pelo tempo, conferia-lhe um ar pobre. Uma casa porém igual a todas as outras casas daquela aldeia, envolta no grande vale da serra da Gardunha.
“Enquanto guardava as ovelhas do teu avô, descalço no frio, olhava para esta serra e sabia que um dia haveria de sair daqui.” disse-lhe o seu pai.
E não se enganara. Saíra, para longe, muito longe, e voltara naquele dia, muitos anos depois para rever familiares, amigos, para voltar a caminhar nos mesmos caminhos, que de tanto palmilhados, ainda conhecia de cor. Com um sorriso emocionado, olhos embargados, lá ia dizendo que aquela mesma pedra continuava naquele mesmo lugar, mas que se caminhava melhor nela descalço do que com os sapatos que levava calçados. Sabia muito bem, que o que tinha mudado era a agilidade com que saltava sobre as mesmas nos seus tempos de menino.
Voltaria, ainda alguns anos mais tarde, normalmente no verão, quando a vida lhe permitia ou quando as saudades da aldeia apertavam.
E contava sempre muitas histórias, daqueles tempos! Ainda muito pequena, ouvia-o com muita atenção, com muita admiração, mesmo não percebendo como hoje, o cunho e o valor daqueles testemunhos. A sua infância tinha sido tão diferente da dela...
Desde a morte do avô que não mais voltou aquela aldeia.
E sente saudades, saudades daquela aldeia onde viveu momentos de uma vida tão mas tão distante.
Um dia prometo lá voltar …
Um tolo no meio da ponte
Quando ali chegou não sabia onde estava
Era fácil ir embora ou ficar exactamente no mesmo lugar
Os sonhos e os desejos levam-na para o outro lado
mas o outro lado é desconhecido o que de lá possui é tudo mas não o suficiente
o que chega para se fazer a mudança
para sair do desconforto confortável e correr atrás do sonho
no instante seguinte
"I was wrong to stay but I couldn't go"
nas entranhas do coração habitam os sonhos e quando algo os toca não fica indiferente
mas a coragem da mudança não é para todos
os imortais ficam perenes, julgam eles, onde estão e sem perdas aparentes
mas haverá maior perda do que deixarmos de sonhar?
"vai onde te leva o coração" e quando não souberes o caminho
"senta-te num canto e espera que ele te dê a resposta"
um tolo no meio da ponte não conhece a direcção e nem com GPS saberia orientar-se
não sabe sequer que velocidade colocar em cada passo que dá pois "para um barco à deriva não há ventos favoráveis"
O vento, a ponte, o caminho, os seus pés tudo são impecilhos e para todos encontra um novo motivo para ali permanecer.
sábado, outubro 17, 2009
Amanhecer de girassóis
imagem retirada daqui: olhares.aeiou.pt/campo__de_girassois_foto2051...
“O teu olhar, a luz do teu olhar entrou no sepulcro dentro de mim e abriu o meu refúgio à corda do relógio da vida. Foi o teu olhar matinal que encantou de novo o som dos pássaros a rasgar os céus de Setembro. Eles voam à procura de um sol que não está cá. Tu não podes ir, mas a luz do teu olhar chegará lá, bem longe, onde alguém sentirá que este amanhecer de girassóis será eterno em ti. Em mim não. Eu já não tenho tempo. Sempre foi o meu maior inimigo. Combato-o como posso. Hoje foi com o teu sorriso, ontem com a energia do teu olhar. Sabes que procurei esse olhar toda a noite?... E ao mesmo tempo fugia dele… E na lama do meu íntimo, nas sombras de mim eu sabia porquê… Sabia que eras de alguém. Sabia que para teres essa luz a soltar-se de ti tão fulgurante, era porque pertencia a alguém e não a ti. Não a mim também, bem sei. Porque eu apenas procuro combater o tempo, como posso. Já to tinha dito antes. Mas até isso preciso de repetir. Para entender melhor. Para chegar até ti, às franjas da tua alegria e conseguir sorrir… Contigo.”
Ela percebeu de novo que o tempo acabara dentro de si. Já não sorria. Ele não percebia nada. Não podia dar mais tempo àquele que, tão longe, lhe segurava o coração com a mão, a pendurava na lua e lhe mostrava as estrelas, dizendo-lhe: “São belas, não são? Mas não são nossas… O nosso tempo acabou. Como aqueles girassóis têm de acabar, sempre que o sol se senta a descansar nas encostas da noite.”
Ela olhou-o, deteve os seus olhos nos dele e sorriu-lhe.
“Sim, querido, o tempo é o nosso maior inimigo. Por isso, a vida é já!”
sexta-feira, outubro 16, 2009
In a Box
Mas porque quero tanto estas coisas assim pertinho de mim?
Abro de novo a caixa e sinto o cheiro de ducados daquele tempo. Já não têm o mesmo cheiro hoje. Estes que ainda estão nesta caixa são de cheiros de outro país, de outras pessoas e de outras vidas…
Sinto um misto de nostalgia e ao mesmo tempo arrepia-se a minha alma… tanta vida ainda aqui neste pequenino espaço.
O teu nome está completo, as nossas conversas daqueles dias ainda se lêem apesar de algumas das folhas desta velha agenda estarem tão gastas… e não é da idade que têm mas das inúmeras vezes que ainda te ouço a partir delas. Delicioso aroma concentrado num pequeno espaço…
Mas os pássaros que trazíamos dentro do peito não podiam ficar fechados numa caixa escura, onde nem o titulo do que continha se lê mais… fomos soltando os vincos à caixa e a própria tampa já não encaixa completamente… O cheiro das memórias solta-se levemente e consigo senti-lo mesmo quando ainda está semi-fechada.
segunda-feira, outubro 12, 2009
segunda-feira, outubro 05, 2009
Original Sin - um filme para um dia de chuva...
Dois dos meus actores preferidos, juntos... Um filme intenso... E belo! Ideal para um dia como o de hoje... Chuvoso e morno...
"You can't walk away from love..."
domingo, outubro 04, 2009
o tempo, subitamente solto - JLP
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.
José Luís Peixoto
sexta-feira, outubro 02, 2009
Momentos...
"I don't know why I cannot see the beauty in front of me..."
http://www.youtube.com/watch?v=10E6DjN4vIE&feature=related
Uma das músicas que mais me faz mexer nas nossas noites (animadas) dos últimos tempos... Uma música (quase) em forma de despedida do Verão...
Deixem-me ser uma mãe babada!
(Extracto do discurso de Barack Obama aos alunos no início do ano lectivo)
terça-feira, setembro 29, 2009
Parabéns, Cláudia!
sábado, setembro 26, 2009
I will always return, Bryan Adams
"I Will Always Return"
I hear the wind call your name
It calls me back home again
It sparks up the fire - a flame that still burns
Oh it's to you I'll always return
I still feel your breath on my skin
I hear your voice deep within
The sound of my lover - a feeling so strong
It's to you - I'll always belong
Now I know it's true
My every road leads to you
And in the hour of darkness darlin'
Your light gets me through
Wanna swim in your river - be warmed by your sun
Bathe in your waters - cos you are the one
I can't stand the distance - I can't dream alone
I can't wait to see you - Ya I'm on my way home
Oh I hear the wind call your name
The sound that leads me home again
It sparks up the fire - a flame that still burns
Oh, it's to you - I will always return
quinta-feira, setembro 24, 2009
Amor interrompido... eterno
"... As camadas da nossa vida repousam tão perto umas das outras que no presente adivinhamos sempre o passado, que não está posto de parte e acabado, mas presente e vivido. Compreendo isto. Mas por vezes é quase suportável. Talvez tenha escrito a história para me livrar dela, mesmo que não o consiga."
terça-feira, setembro 22, 2009
Outono
"This time, like all times, is a very good one, if we but know what to do with it."
sexta-feira, setembro 18, 2009
Parabéns, MÃE!
Obrigada, Mãe!
E PARABÉNS no teu aniversário!
segunda-feira, setembro 14, 2009
Portões imaginários
Conta a minha mãe (pois eu não me lembro) que, na casa velha, havia uma pequena janela que dava para o caminho. Diz ela que eu gostava muito de estar à janela (qual Carochinha desejosa de arranjar marido!) a ver a banda passar. Os transeuntes achavam imensa piada à garotinha que, debruçada na janela com dois anitos, ia dando conversa a quem passava. Como não haviam portões, a minha mãe não me deixava brincar no pátio sozinha, temendo que eu saísse para a rua.
“Porque não vens brincar cá para fora?” – perguntavam alguns.
“A minha mãe não deixa…”- respondia prontamente.
Naquela altura, a casa velha foi deitada abaixo e construída uma nova em seu lugar, mas manteve o mesmo pátio e o mesmo muro sem portões nem grades a toda a volta. As obras fizeram-se, mas não houve dinheiro para fazer tudo. Ficaram os portões por colocar até aos meus dezoito anos (se a memória não me falha, que para estas coisas de datas a minha irmã é melhor!).
Mas as ordens mantinham-se: não se pode ir para a rua. Só se brinca do muro para dentro. Para mim era uma ordem inabalável e era cumprida escrupulosamente. Para a minha irmã também. Já mais crescidinha, com quatro ou cinco anos, sentava-me ao fundo das escadas e as pessoas que passavam faziam a mesma pergunta:
“Porque não vens brincar cá para fora?”
“Não posso, a minha mãe não deixa…”
E a minha mãe ria-se e ainda hoje se ri por não haver necessidade de portões em nossa casa! Parecia que haviam uns portões imaginários que eu sabia não poder abrir… E ali me mantinha, dos muros para dentro, a brincar com a imaginação e a pairar nas nuvens como ainda agora costumo andar!
Actualmente também encontro portões imaginários e, tal como naquele tempo perdido da infância, mantenho-me do lado de cá, onde me diz a consciência que é onde se deve estar… Há lições que vêm do tempo em que se faz o carácter e se forma a personalidade e que não se perdem nas décadas nem no pó dos dias…
“existe uma linha que não podemos passar e não passamos”
sábado, setembro 12, 2009
Um lugar
Há-de haver um lugar escondido num poente incendiado onde todos os medos ocultos em palavras imperfeitas se dissipem no horizonte e deixem, finalmente, as luzes inacabadas da memória iluminar um novo céu…
"You landed in my life
Like a new and brighter light
That made all my past seem in the shadow
I always used to believe
That beauty was skin deep
But I need a new word to describe you" (Marillion)
quinta-feira, setembro 10, 2009
O véu da alma (parte II)
quarta-feira, setembro 09, 2009
segunda-feira, setembro 07, 2009
Como um livro
Eram as palavras a uni-los, de novo... Mais uma vez... Talvez...
"You'll be an open book
and you'll not be able to hide anything"
quarta-feira, setembro 02, 2009
Mimos
Despedida
Ele desceu a mão pelas suas costas, suavemente enlaçou-a com os braços e olhou-a bem dentro da vida que ela trazia no olhar, parou os olhos no fundo dos dela e disse-lhe “Vou ter de ir, agora”…
Ela respirava desordenadamente, fechou os olhos para ele não ver a água que lhe iluminava o olhar, que a impediam de o ver nitidamente. E o respirar, o respirar desordenado que lhe alvoraçava o peito como um carrossel, como uma montanha russa por dentro. Abriu os olhos e deixou as lágrimas soltarem-se livremente e descerem pelo rosto até ao queixo, depois até ao peito e depois até ao coração de onde haviam saído… E então baixou os braços, soltou-se dos dele e afastou-se daquele ponto no espaço irreal da sua existência, afastou-se sem olhar para trás…
“Lay down your arms
Give up the fight”
segunda-feira, agosto 31, 2009
O tempo não tem voz
Já não me lembro… Não eras assim… Recordo-te de outra maneira… Estás diferente…
Parece que o tempo não tem importância quando o que transborda a medo das palavras são aqueles sentimentos amordaçados por encruzilhadas e labirintos que dispersaram o pulsar do afecto dentro de nós.
Por agora não. Nesta vida não. Na próxima, certamente na próxima tudo irá ser diferente…Não te vi bem, não te entendi bem, não percebi a mensagem que estava escrita na terra, no chão aos nossos pés. Não entendi as palavras que o vento murmurava, porque havia muito ruído. Lembras-te do ruído?...
Parece que o céu enviou sinais, mas nós estávamos distraídos pelo bulício das vozes dos outros, pela agitação das folhas nas árvores que, durante muito tempo, impediram a voz de dentro de se fazer ouvir, a voz dos pássaros enviados pelo destino, enviados para nos darem um sinal. E o sinal esteve sempre lá, os sinais foram enviados, mas o ruído, o ruído…
Sim, lembro-me do ruído. Lembro-me do som sem sentido, lembro-me do que não importa… Já não me lembro como eras… Mas estás diferente… E não me lembro disso ter alguma importância… A tua essência continua a mesma, aquela que eu reconhecerei na próxima vida, aquela que entenderei finalmente, aquela para quem sorrirei logo no primeiro encontro porque os sinais, porque a mensagem, porque tudo estará no seu lugar…
Parece que então, na próxima vida é que te vou reencontrar a valer, será esse o momento, será então que todo o universo irá conspirar para que seja concretizado o desígnio que sentimos no passado dentro de nós mas não entendemos então, que nos tocou levemente a existência mas na realidade era todo um furacão que passava para que só mais tarde, muito mais tarde sentíssemos os seus danos…
Tudo teve o seu tempo… Tudo passou já, já sabes disso. Nada de lágrimas, nada de apertos por dentro… Não é agora o momento… Passou o momento, passou a hora. Ficou tudo resolvido, não foi? Este não é o momento, também…
Parece que não é o momento, porque o momento é feito pelo que está dentro, pelo doce palpitar do ininteligível, do incompreensível, do absurdo sentir que nada se compreende mas que vale a pena, porque é assim, porque é assim…
Porque já não ouço o ruído, porque já leio a mensagem no pó da terra, porque já escuto a voz dos pássaros à sua passagem na minha janela… Porque eu, enfim, já te li sem te ver, porque já conheço a tua essência de olhos fechados, porque não dei voz ao tempo, não o ouvi dizer que passou o momento, porque lembrei que as cores com que pintámos o nosso sorriso podem ser as cores que quisermos, por tudo isso é que olho da minha varanda o entardecer deste dia e nada ouço, a não ser o som límpido do bater do meu coração em uníssono com o mundo à minha volta…
“há coisas que perdi pelo caminho e que já não me lembro
acho que me poderás ajudar a encontrar”
quarta-feira, agosto 26, 2009
Happy Birthday
segunda-feira, agosto 24, 2009
Antes do pôr-do-sol
Ele chegou à praia há muitas horas atrás e já estava com vontade de se levantar e ir embora há vários minutos. Mas foi ficando, ficando, até que escutou ao lado de si um grito de mulher. Levantou-se e correu a ajudar. O mar tinha chegado à toalha dela e tinha-a apanhado de surpresa.
Ela mal olhou para ele, ocupada a segurar o saco, a toalha, o livro que caiu de novo ao chão depois de ter escorregado do seu colo. Ele segurava uma das pontas da toalha e também se baixou para apanhar de novo o livro. E foi então que se olharam.
Ela reparou na sua barba por fazer, reparou nos caracóis louros escuros, na sua boca bem desenhada e suspeitou que por detrás dos óculos de sol estariam uns olhos castanhos a combinar com o tom moreno da sua pele.
Ele também reparou nos longos cabelos negros dela, na sua pele dourada, na boca perfeita e suspeitou que por detrás dos óculos escuros estariam uns olhos brilhantes e meigos como o seu sorriso.
Ela agradeceu a ajuda dele. Ele perguntou se podia fazer companhia, se não ia incomodar, se se podia sentar ao seu lado.
Ela disse que sim que podia juntar-se a ela e ficou a olhar as pegadas que ele deixava na areia molhada enquanto ia buscar a toalha e pensou que estava com vontade de atrasar a hora do pôr-do-sol por um dia, só naquela tarde, só por uma vez…
domingo, agosto 23, 2009
Desencontros
Parece que tudo acontece por alguma razão, mas eu não sei a razão.
Tenho-a procurado nas pedras da rua e ao soltá-las quando caminho, a razão não me surge dali, nem do pó que se levanta e envolve os meus pés. Tenho-a procurado no encantatório som do mar quando a maré sobe e a ondulação rebenta frenética no areal, mas nada encontro por entre a branca espuma das ondas que depois me lava os pés.
Não sei bem porque lembrei o teu sorriso. Talvez agora sinta que eu devia ter feito algo diferente e não fiz. Talvez agora remexa o passado na amargura do desencontro e sinta que por baixo da pele éramos um só, mas à superfície descolamos as moléculas que nos uniam e seguimos rumos absurdamente diferentes, como se nada nos tivesse unido antes, como se não tivéssemos olhado por um instante na mesma direcção, afinal...
Adormeço todas as noites a relembrar no tecto do meu quarto os abraços que demos, as mãos que enlaçamos e as cores variáveis dos teus e dos meus sonhos. E adormeço sempre com o olhar perdido, porque eu não sei onde nos separámos ou onde nos reencontrámos. Sei que estivemos sempre assim, de alguma forma ligados, por um fio de pensamento em uníssono, por uma palavra dita ao mesmo tempo, por um suspirar sem nexo que soltávamos em situações vazias e sem luz nos nossos caminhos separados.
Sei que algo aconteceu para relembrar o teu sorriso, mas eu não sei a razão…
quinta-feira, agosto 20, 2009
the climb
Quando um filho nos diz que tem um sonho e que acredita nele, só podemos dizer-lhe:
Tens de ser forte e continuar a lutar, porque haverá sempre uma montanha e terás de a mover... É a escalada... e a vista é sempre bem melhor lá de cima!
Keep the faith, my dear son!
I'll be right behind you!...
devias estar aqui...
quinta-feira, agosto 13, 2009
As férias de verão - 4
"If a man does not make new acquaintances as he advances through life, he will soon find himself alone. A man should keep his friendships in constant repair."
A alegria do Ser
segunda-feira, agosto 10, 2009
As férias de verão - 3
- É servida? - perguntou o nadador-salvador de debaixo do seu toldo, quando me viu a chegar perto da toalha para me deitar.
domingo, agosto 09, 2009
Alma companheira
A definição não é minha mas assim que a li senti um enorme alivio... afinal esta inquietude por não encontrar a alma gémea pode finalmente sossegar.
Sem dúvida que faz muito mais sentido estar a atenta à minha "alma companheira",aquela que não é de todo igual a mim mas com a qual tenho uma verdadeira afinidade.
Mais sossegada fiquei ainda por ter ficado a saber que ela pode mesmo não estar encarnada (não é encarnada de vermelha :) mas sim, pode ainda não estar no mesmo plano em que me encontro).
"Uma vida não pode ser apressada... Temos de aceitar aquilo que nos é dado em qualquer momento, sem pedir mais. Mas a vida é interminável... Apenas nos limitamos a passar por fases diferentes. Não tem fim. Os seres humanos têm muitas dimensões. Mas o tempo não é como o vemos, trata-se em vez disso de um conjunto de lições que são aprendidas." (Dr. Brian Weiss em muitas vidas, muitos mestres).
E depois de tudo isto não posso deixar de sorrir... os temas, as perguntas e as respostas chegam até mim sem que tenha que fazer muito por isso. São coincidências!
sábado, agosto 08, 2009
a carência do ego
terça-feira, agosto 04, 2009
Equilíbrio e harmonia - precisam-se.
lua cheia
Acontece que a Lua estava enorme naquela noite no céu e eu a olhava, fascinada, como sempre fui pela sua imponência, pela sua magia…
E pensei.
Pensei se seria possível usar a magia dessa lua para juntar fragmentos perdidos, destroçados, fragmentos de corações estilhaçados como vidros quebrados, pelo que se perdeu no tempo, pelo que nunca se disse, pelo que se disse e não foi entendido, pelos sinais na ausência que de nada servem, apenas remetem para os fragmentos, para o que ficou incompleto, por tentar, por começar, por terminar.
Pensei na magia dessa lua alta e sublime e pensei se seria capaz de, através dela, concertar algum tipo de esperança perdida, de colar os bocados de alma e coração que ficaram por aí, pelo mundo, pela terra cá em baixo…
sexta-feira, julho 31, 2009
O Silêncio
Caminho pelo silêncio
Aquele que consegui de novo de volta
Neste silêncio há espaço para o meu sentir... o Todo Sentir
Sinto o vento frio a cortar o meu rosto,
Sinto a maresia a alimentar o meu coração e os meus sonhos
Sinto a paz,
De novo a paz de poder caminhar por onde me apetece
Por onde me sinto de novo viva e livre!
Tenho um sonho (de muitos)... de viver pertinho do mar
Olhar o horizonte infinito a cada manhã
Ver o mar a mudar de cor de acordo com as horas do dia e da noite
Um dia destes é aí que me encontrarão.
Por agora passeio junto desta magnífica paisagem e misteriosa brisa.
No meu pensamento passam rápidas as imagens, as pessosas e o sentir
Abrando o passo para ouvir melhor o barulho das ondas inquitas e vejo de novo...
o silêncio!
quinta-feira, julho 30, 2009
escrever
Para que serve escrever?
Serve para viver... De uma outra forma, de um jeito diferente, de um modo que não se sabe explicar. Vive-se de um modo estranho, com as palavras a passarem por entre as pessoas, com os sentimentos a passarem pelas palavras, com as emoções a criarem metáforas por si, sem esforço...E contudo, escreve-se com sofrimento...
Escreve-se como se ama: com o coração todo...
quarta-feira, julho 29, 2009
Não acredito em almas gémeas...
“Pois, eu também não.” – mentiu ela .
E ficaram assim, a olhar o sol a esconder-se no horizonte, iluminando timidamente apenas as duas montanhas mais longínquas que esbarravam no céu.
“Todos temos defeitos, as relações não são perfeitas, porque as pessoas não são perfeitas, temos de nos adaptar, porque não existem almas gémeas, porque há sempre problemas, porque temos de saber ceder… É por isso que não existem almas gémeas.”- continuou ele convictamente.
“Concordo, não há relações perfeitas.” – disse ela.
“Eu não acredito em almas gémeas, por tudo isso. Porque sei. Porque vivi. Porque é mesmo assim.”- repetiu ele.
“Claro, também acho que não, que não existem e se existissem eu saberia, eu sentiria que tinha de esperar por ela, sentiria sem sombras para dúvidas que a minha alma gémea estaria algures à minha espera. E, então, eu esperaria tranquilamente. E sentiria que a iria encontrar, sentiria isso, bem dentro de mim.” – disse ela, desta vez sem dar tempo a alguma observação dele.
“Pois, mas não sentes nada disso, pois não?” – perguntou ele, prendendo o olhar no olhar dela.
“Pois não?” – insistiu.
“Pois. Eu não acredito em almas gémeas, tal como tu.” – fugiu ela à pergunta. E suspirou. E o sol escondeu-se, finalmente, naquele fim de tarde de Agosto, deixando o céu incendiado de vermelho e laranja como um lençol de cetim, aberto sobre a cama...
"The meeting of two personalities is like the contact of two chemical substances: if there is any reaction, both are transformed."
Carl Jung (1875 - 1961)
terça-feira, julho 28, 2009
Everybody needs an angel
"We are, each of us angels with only one wing; and we can only fly by embracing one another."
Luciano de Crescenzo
O tempo em nós
quinta-feira, julho 23, 2009
Texto informativo... para homens! (Um contributo)
P.S. Os homens não são idiotas! O que se passa é que têm um, digamos, artefacto que lhes simplifica a vida... E depois custa-lhes a entender! Mas agora já devem estar esclarecidos ;)